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Lívia

12 de fevereiro de 2022

— Quando você chegou aqui? — Malu me abraça em choque. — Nem te vi chegando.

— Faz uns vinte minutos. — digo tomando um gole da minha cerveja.

— Tudo bem. Vamos pra pista, vamos dançar! — ela diz sorrindo e me arrastando.

Confesso que estou morrendo de vontade de dançar. Faz anos que não danço.

Em poucos segundos, estamos no meio da multidão. Começo a dançar com a Malu, sempre tomando cuidado para não mostrar demais.

Passamos muito tempo dançando, comecei a sentir o tempo passar quando meus pés estavam doendo.

— Preciso sentar um pouco. — falo no ouvido de Malu, que concorda na hora.

— Eu também. — fala rindo.

Fomos para o camarote juntas e imediatamente pego outra cerveja. Procuro um lugar pra sentar e acho um sofá.

[...]

Olho no meu celular e vejo que já são três da manhã.

Me encosto na grade e bebo minha cerveja. Perdi as contas de quantas eu bebi.

— Cansada? — escuto a voz de Rogê e logo vejo ele se encostar na grade, do meu lado.

— Não muito. Acho que vou descer. — digo sorrindo.

Queria dançar mais um pouco.

— Tô afim também. Bora. — fez um gesto com a mão me chamando.

Ele anda na frente e eu ando logo atrás. Poucos minutos depois estamos no meio da multidão. Deixo minha cerveja no primeiro lixo que vejo.

As pessoas ficam mais animadas quando um cantor entra no palco. Não conheço, mas deve ser famoso.

Sinto todo mundo começar a pular e viro meu corpo para Rogê, que está virado para mim também. Estamos frente a frente.

— Acho que descer não foi uma boa ideia. — grito perto do ouvido dele.

Mesmo gritando, percebo que é bem difícil escutar pelo barulho ao redor.

As pessoas estão tão animadas que acabam pulando e nos deixa com os corpos colados.

Consigo sentir o calor do corpo dele e respiro fundo. Olho pra cima e ele estava me olhando.

Em poucos segundos, nossos lábios estão colados. Coloco minha mão no pescoço dele e deixo nosso beijo mais intenso.

Eu não sabia que eu precisava beijar ele até fazer. Meu corpo está em chamas.

Nossas línguas parecem estar em sintonia e o gosto da boca dele é maravilhoso.

A mão dele passeia pelo meu corpo e eu sinto meu corpo pegar fogo.

Continuamos nos beijando por um bom tempo. Estava tão bom que não queríamos parar.

Estava sem conseguir respirar e asfatei nossos rostos.

— Vamos sair daqui? — ele perguntou com a respiração ofegante.

Talvez eu fosse me arrepender depois, mas no momento eu não conseguia ver o lado ruim. Acho que é o álcool falando por mim.

— Sim. — foi a única coisa que consegui respondi.

Saímos daquela multidão e ele me levou até a moto dele. Antes de subir, mandei uma mensagem para Malu falando que encontrei uma amiga e que estava indo dormir na casa dela.

Pura mentira, tenho certeza que ela sabia.

Subo na garupa e ele dá partida na moto.

Sinto um frio na barriga e respiro fundo.

Eu vou realmente transar com ele.

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