Afonso concordou em fazer uma visita ao seu avô. Ele queria mais do que isto, queria trazê-lo para morar com ele na mansão.
Para essa viagem longa, primeiro cuidou das pendências de seu trabalho. E junto com Alvor e Fernão planejou o seu longo passeio.
Lá no estábulo, os três homens discutiam o assunto.
— Senhor... — Reclamava Fernão. — Não há motivos para que viaje no lombo do cavalo. É cansativo!
— Para que deslocar uma carruagem para uma viagem tão simples? Certamente meu avô ficará constrangido quando me vê chegar a sua casa, com tanto luxo.
Alvor também protestava. — Mas sozinho, o senhor não irá a lugar nenhum!
— Estou de acordo com Alvor. Senhor!
Afonso tentava argumentar. — Uma carruagem tão delicada, não iria resistir aquelas estradas tão tortuosas.
— Então conseguirei uma mais resistente!
— Já disse! Vou a cavalo.
Os dois não tinham mais argumentos para convencer Afonso. E este vendo o quanto eles estavam preocupados, disse algo para tranquiliza-los.
— Se isso faz vocês dois felizes, eu aceitarei uma companhia experiente. Satisfeitos?!
Afonso achou por bem não levar consigo Fernão, pois este seria muito mais útil ficando ali ao lado de Alvor.
— E este não será você. Fernão!
— E quem poderia ser esta outra pessoa, senhor? — Por hora Fernão não conseguiu pensar em alguém.
— Eu pensei em Camilo. Ele está acostumado a me acompanhar quando vou às fazendas. O que acham?
— Pelo menos isto! — Desabafou Fernão.
Alvor olhou para Fernão e sacudiu a cabeça em desaprovação, porém seria o máximo que eles dois conseguiriam de seu senhorio. — Se é tudo o que vais aceitar. Vou providenciar o que me pediu. Senhor.
— Eu já disse! — Repreendeu Afonso, mais uma vez a Alvor. — Quando estivermos sozinhos me chame apenas pelo meu nome.
— É o costume senhor.
— Há! Eu desisto.
No dia seguinte tudo que foi combinado para a viagem já havia sido providenciado.
Afonso quis vestir algo mais simples para não chamar muito atenção por onde passasse, pegou uma capa, enquanto estivesse sobre o cavalo, para se proteger de galhas, sol e etc..
— Senhor, os cavalos estão prontos e Camilo o espera.
— Obrigado Fernão... E esqueça o senhor.
Após vestir a sua casaca, pegou o seu relógio e questionou. — Onde está Alvor com o que eu lhe pedi?
Alvor chegou por de trás dele. — Esperou muito?
— Primeiro me convence para ir a uma viagem e depois me atrasa!
— Não foi por mal. Eu estava preparando um presente para você levar, para seu avô. E aqui está o dinheiro que me pediu.
— Oh! Desculpe-me por isso. — Afonso ficou sem jeito com o gesto de Alvor. — Quem deveria se preocupar com isto, seria eu. — E olhando para o embrulho nas mãos dele, perguntou: — E o que é!
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O Fabricante de Bonecas (Finalizado)
RomanceUm rei bom, um reino promissor, lindas filhas. O que poderia dar errado? Mas deu! Descubra como um simples fabricante de bonecas conseguiu salvar o rei e casar-se com sua filha mais velha. Obrigada por lerem! Nota: Por favor deixe o seu comentário...