38 - Você me deixa louco!

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Na manhã seguinte. Brígida, já recuperada de suas forças, acordou com sede de vingança.

— Afonso! — E nada dele responder. — Afonso, acorde! Você já dormiu demais. Temos que dar um jeito de entrarmos no castelo!

Afonso mal abriu os olhos, se espreguiçou sorrindo para ela. — Que bom vê-la com disposição. — Falou bocejando.

Quando ela viu que ele estava acordado, ficou de pé, mas ele permaneceu sentado. Brígida ficou indignada por ele não ter se levantado de imediato.

— Se você for agir assim, irei sozinha!

Afonso já prevendo o que vinha depois, pegou-a pelo punho e a puxou fazendo-a cair de joelhos no chão a sua frente. Ela ficou sem graça por ter ficado cara a cara com ele olhando fixo nos olhos dela.

— Não é bem assim, princesinha. Primeiro você tem que me contar o que está acontecendo. depois vejamos o que vem a seguir.

— Ah! É verdade eu não te contei. — Brígida relatou para ele tudo o que ela sabia sobre a invasão e de como ela conseguiu fugir. — É tudo o que eu sei.

— Brígida eu também tenho algo para lhe contar, eu me tornei um Conde, e agora tenho poder para ajudar você.

— Que bom! Quando tudo isto terminar eu quero saber dos detalhes. 

Afonso apena pesou. — Há se ela soubesse como!

— Você já tem um plano?

Afonso a principio não tinha um plano. Então ele disse a princesa.

— Façamos o seguinte. Fique aqui e não faça nada até eu voltar. É para a sua própria segurança. Entendeu?

— Para onde você está pensado em ir?!

— Não sei bem... Mas preciso ver até onde podemos agir sozinhos. Ou como conseguiremos  ajuda.

A princesa pensou, com aquele sorriso de quando ela quer aprontar.

— Sozinhos? Não será necessário pensar muito. Eu tenho uma ideia!

Ela havia se lembrado dos soldados de seu pai, que moravam nas proximidades do castelo e nas vilas vizinhas. 

— Afonso. Eu não te perguntei antes... Mas por onde você entrou?

— Eu quebrei o cadeado d'aquela porta que dá para os fundos do castelo... — O desatento rapaz não notou que estava dando a ela toda a informação de que precisava. — ...Foi um pouco difícil porque ela estava emperrada. Mas para sua sorte, aqui estou eu!

— Há...Entendi. Obrigada!

— Fique sentada descansando e me espere.  

Afonso saiu para observar a movimentação dos soldados e de outros moradores do castelo. Ela também saiu após um tempo, para que ele não a visse.

Brígida seguiu por uma estrada bosque adentro. Ela nunca havia estado antes nesta vila, apenas ouvia os soldados contarem coisas sobre o lugar.

A jornada até a vila não iria ser rápida, ainda mais por ela não saber o caminho e estar a pé. Ela seguia tranquila até ser surpreendida por três homens.

— Vejam meus caros companheiros, este é o nosso dia de sorte!

— Quem diria que nós encontraríamos uma moça para nos divertir hoje.

O Fabricante de Bonecas (Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora