Começamos a cavar e pouco tempo depois já dava para ouvir o Professor do outro lado. Depois finalmente terminamos e encontramos o Professor. Acabamos esquecendo de falar que o Berlin estava de volta e vivo, então foi uma surpresa para o Professor ver o Berlin.
- Berlin? - ele falou o olhando com os olhos cheios de lágrimas.
- Irmãozinho. - Berlin falou abrindo os braços para abraçar o Professor e ele o abraçou.
- Como você está vivo? Você tinha servido de distração, tinha sido morto pela polícia, com vários tiros.
- Eu estou vivo, você está vendo.
- Me desculpa por quase ter te matado, dessa vez eu vou te proteger e nada vai acontecer, eu prometo. Dessa vez eu vou estar com você.
- A culpa não foi sua, eu estou bem, cara. Olha para mim, eu estou vivo. Nada vai acontecer, se acalma.
- Tudo bem. - ele soltou Berlin, secou as lágrimas e finalmente notou minha presença. - Quem é ela? Não me diga que você se casou e colocou a esposa no plano de novo? Quantos anos essa menina tem?
- Uma coisa de cada vez, Sérgio. - ele falou rindo e começou a explicar. - Essa é a Amsterdã, ela não é minha esposa, é bem mais velha do que parece...
- Eu só tenho 23 anos. - falei o interrompendo irritada por ele ter me chamado de velha.
- Viu? - ele falou rindo e eu ri também.
- E talvez ela seja nossa irmã.- Irmã? Como assim irmã? - o Professor perguntou confuso.
- Não é nada confirmado. - eu falei tentando amenizar o impacto da notícia.
- Essa garota me salvou e por ironia do destino ela talvez seja nossa irmã.
- Ela realmente tem os olhos do nosso pai, mas não tem como ele ser pai dela, em 94 nosso pai estava morando no Brasil.
- No Brasil? - eu abri um sorriso e olhei para Berlin.
- É, no Brasil. - o Professor repetiu sem entender nada.
- Eu nasci no Brasil. Minha mãe era brasileira e eu fui criada lá. - eu falei e inevitavelmente algumas lágrimas caíram.
- Você é nossa irmã? - ele me olhou incrédulo e eu confirmei com a cabeça. - Eu posso te dar um abraço?
- Claro que sim.
Ele me abraçou e depois Berlin nos abraçou também. Pela primeira vez em anos eu não me senti sozinha, eu ainda tinha uma família e aquilo era tudo que eu precisava.
- Ok, chega de abraços. - Palermo fala e nós nos separamos do abraço. - Você você já tem um plano para salvar a sua amada?
- Do que você está falando? - o Professor pergunta.
- Ah, esquecemos de te informar, a Lisboa está viva. - ele me olhou com uma mistura de alegria com surpresa. - A polícia está com ela, mas ela está viva.
- Pela primeira vez eu não tenho um plano. Não imaginei que ela fosse pega.
- Eu tenho um plano. - todos olharam para mim parecendo duvidar, mas eu ignorei e continuei. - É meio arriscado, mas talvez dê certo.
- Bom, pode falar, a essa altura do campeonato qualquer plano serve.
Eu expliquei o plano para eles com o máximo de detalhes possível.
- Entenderam? - eu perguntei quando terminei de explicar o plano.
- Sim. - os três responderam juntos.
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Amsterdã- La casa de papel
Fanfic"A vida é uma experiência única, por isso vivam cada momento como se fosse o último, porque realmente pode ser." Meu nome é Amsterdã, e sejam bem-vindos ao meu caos! (Essa fanfic se passa depois da parte 3 de la casa de papel)