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— Levi —

Assim que eu lhe disse para morar na rua ela me olhou surpresa.

Seus cílios enormes acompanharam as suas pálpebras que subiram e desceram varias vezes, como se não acreditasse em mim.

- O quê?

- Nada... você poderia disponibilizar o seu notebook para que eu procurasse uma ponte para morar em baixo?

- Se for para uma causa tão nobre quanto essa, eu me sinto honrado em lhe emprestar o meu notebook.

E mais uma vez ela me olhou desacreditada. Confesso, isso era interessante. Ela piscou lentamente e depois fechou os olhos. Comprimiu os lábios e parecia tentar manter a calma.

Talvez para ela estivesse funcionando, mas para mim não estava.

A visão dela desse jeito me fez pensar em muitas coisas. Coisas que eu não deveria pensar. Principalmente por ela ser uma detenta e eu um policial.

Então ela abriu os olhos e me olhou. Me analisou da cabeça aos pés e me encarou.

- Tem certeza que quer que eu vá embora? Ou você fica assim com qualquer mulher?

Que merda ela estava falando? Olhei para ela tentando entender e então ela desceu o seu olhar e depois voltou para os meus olhos. Olhei para baixo procurando qualquer coisa fora do comum e entendi o porque dela ter dito isso.

Eu estava duro.

- Qualquer mulher não.

- Então quer dizer que isso (ela apontou para o próprio corpo) não é tão ruim assim, já que, agradou isso (ela apontou para a minha ereção e mordeu os lábios. Puta merda...).

- Isso (apontei para o seu corpo) não é lá a melhor coisa que eu já vi, mas da para olhar sem que os olhos sangrem.

- Só olhar, Policial?

Puta que pariu. Eu to fodido.

E se continuar nesse ritmo eu não vou está mais fodido, e sim ela.

- O que foi, Policial? Algum problema?

- Nenhum.

- Quer que eu te ajude com isso aí?

- Eu sei me virar sozinho.

- Sabe é? Me mostra então.

Puta merda... essa garota é muito audaciosa. Ela é uma pessoa teimosa e completamente irritante.

E claro, gostosa e sensual pra caralho.

Não me importaria de mostrar a ela. Mas o que faz com que eu tenha sanidade é que ela é uma prisioneira e eu sou um policial. Ela poderia muito bem me usar e fugir.

- Ah... vamos lá. Você não faz nada, já moro contigo faz um tempo e vi a sua rotina. Ambos estamos com tédio. Ambos temos tesão acumulado por causa do outro. Por que não poderíamos nos ajudar?

- Por que eu não preciso de você.

Ela virou o rosto para o lado e permaneceu nesse momento. Algum tempo depois ela sentou na cama e virou para o outro lado.

- Apaga a luz e fecha a porta quando sair, Levi.

A olhei por mais um tempo e sai do quarto. Fui para a varanda e fiquei observando a cidade.

O vento batia no meu rosto, o deixando gelado. Estava frio na varanda, mas era um frio confortável.

Passei um bom tempo vendo a cidade até que senti um par de braços me abraçar por trás.

Senti o calor dela.

E meu Deus, isso sim era confortável.

- Eu irei embora então queria fazer isso antes de ir.

- Já fez. Agora me solta.

Ela fez o contrário, me apertou mais ainda. Parecia que tinha medo de se afastar de mim.

- Me solta, caralho.

- Me obriga.

Puxei os seus braços para que afrouxasse um pouco e girei, assim ficando de frente para ela.

Com a minha mão esquerda segurando o seu queixo, dei-lhe um selinho demorado.

- E eu queria fazer isso antes que você fosse embora.

Ela sorriu. Seu sorriso emitia calor. Eu poderia sentir esse calor do outro lado da sala. Mesmo no inverno, ela tinha a capacidade de me aquecer com um sorriso.

Ela me puxou e então me beijou.

Me beijou de maneira simples porém com profundidade. Era como ver a coisa mais linda e mais mortal ao mesmo tempo. Era fascinante.

Ela era fascinante.


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OOIIII!

Capítulo romântico não?

E aí? Gostaram??

Aliás, desculpar por ele ter ficado pequeno.

💙🔫

Put your gun down!Onde histórias criam vida. Descubra agora