— Milla —
Sai do quarto logo após o anoitecer. Eu não o via por umas três horas.
Assim que cheguei na cozinha, o vi deitado no sofá. Ele parecia dormi profundamente em uma posição muito desconfortável.
Comecei a vasculhar alguns armários e peguei alguns ingredientes para fazer uma macarronada à moda parisiense.
Peguei o macarrão estilo spaghetti e algumas panelas.
- Antes que pergunte, estou fazendo macarronada. E relaxa, não tem veneno.
Ele não precisou falar nada, sabia que estava atrás de mim me observando.
- À bolonhesa?
- À parisiense.
- À parisiense não é melhor com macarrão fettuccine?
- É, mas você não tem esse tipo de macarrão.
O olhei por cima do ombro e vi que ele devolveu o olhar, porém tinha dúvida é diversão nele.
- O que foi, saco de merda?
- Se você não fosse do tamanho de um amendoim estragado, teria visto que eu tenho sim esse tipo de macarrão. Tá no armário de cima, sua imunda.
- Me chamou de imunda e me chupou com vontade. Não entendi.
Logo ele olhou diretamente. Não virei para ver a sua reação, apenas continuei fazendo a janta. Entretanto, senti suas mãos na minha cintura, e em um piscar de olhos ele me virou para que eu ficasse na sua direção.
- Repete.
Era tão perceptível a luxúria nos seus olhos para mim quanto para um cego. Suas mãos ainda permaneciam estáveis no mesmo lugar. Seu rosto estava há alguns poucos centímetros do meu.
Senti o ambiente ficar mais quente.
Em um lapso de sanidade eu olhei para o fogão para ver se o calor não era de um pequeno incêndio.
Não, não era.
Uma de suas mãos tocou o meu queixo e o virou para que eu o olhasse.
Seus lindos olhos cinzentos liam a minha alma tão profundamente que era impossível não se arrepiar a esse olhar.
E que olhar!
- Algo errado, Detenta?
- Sim... Você está me distraindo de fazer a janta e eu to com fome.
- Quem diria...
- "Quem diria" o quê?
- Nada, retardada.
E foi assim que ele se despediu de mim hoje. Nem um "boa noite" ou um "dorme bem".
Comi menos da metade da macarronada. Perdi a fome depois de ver como ele me trata friamente e como uma qualquer.
Eu era, praticamente, uma prostituta particular. E pensar que talvez, só talvez, eu estivesse gostando dele.
Não... eu não estava gostando. Isso é besteira. Ele só beija melhor do que todos os caras que eu já beijei.
Não é porque ela me olha tão intensamente que signifique algo.
Não é porque ele me observa que seja algo.
Não é porque ele olha pra minha bunda quando eu estou com as calças compridas que ele queria me ter.
Não. Simplesmente não.
Ele só está saciando os desejos carnais dele. E eu vou fazer exatamente a mesma coisa. Se ele pode usar e abusar disso, eu também posso.
E eu espero que ele diga que eu não posso fazer isso. Ah... como eu espero. Sei até o que falar pra ele. E tenho certeza que, ele ficará calado.
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OPAAA! Sim eu to viva! Desculpem a demora para postar esse capítulo e desculpem por está curto. Eu to entupida de provas e trabalhos, quando não tenho tempo para respirar.Relaxem, a partir de segunda da próxima semana eu vou postar mais.
Espero que estejam gostando!
💙🔫
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Put your gun down!
Random+18 - Ponha a sua arma no chão agora! Ele disse com seriedade. - Se não o que? Vai me prender, policial? Eu falei com malícia. 1°em #anime 1° em #perseguição 9º em #luta 5° em #fanfic