Put your gun down!

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—Milla—

No instante em que acordei, senti um cheiro forte e bom de café.

Fui até a cozinha e ele estava colocando café em uma xícara. Ao lado tinha uma tigela com morangos e amoras e um copo de aveia e leite.

Vê-lo na minha cozinha preparando algo estava virando parte da minha vida.

- Por que só uma xícara com café?

- Boa dia pra você também, Milla. Como dormiu?

- Bom dia... o que é tudo isso?

- Café da manhã?

Ele disse me olhando por cima do ombro, já que estava lavando a cafeteira.

Revirei os olhos e sentei. Assim que fiz menção de pegar a xícara, ele me parou.

- Ei! Nada de café pra você.

- E o que eu vou comer?

- Essas frutas e a aveia com leite. Café da manhã decente pra mulheres grávidas.

- Como sabe disso?

- Google.

Sorri. Ele realmente parou pra pesquisar o que eu deveria ou não comer. Uma coisa era certa então, eu poderia confiar nele para cuidar de mim.

Comemos tranquilamente. Mesmo eu detestando aveia (coisa que ele não sabe), eu gostei desse café da manhã.

Depois disso fomos pro sofá e ele ligou a TV. Deixou passando em um jornal. No mesmo mostrava a notícia de um homem que havia drogado duas adolescentes e depois tinha as matado.

- Vem cá, você não deveria estar na delegacia?

- Erwin disse que eu poderia ficar com você mais tempo do que fico na delegacia. Então, eu irei aproveitar e tentar ser o mais presente possível.

- Obrigada, Levi.

- Por nada, Milla.

Ele deu um leve sorriso e eu sorri mais ainda.

Deitei no sofá e fiquei com os pés nas pernas dele. Levei um pé até o seu rosto e comecei a falar com uma voz estranha.

- Tá sorrindo, Levizinho? Tá tá? Sorri mais!

- Para retardada. Meu Deus, essa criança vai ter alguns problemas.

- Oh Levi! Ridículo.

Voltei a sentar normalmente e fiquei encarando a TV.

- Tá com raiva Milla?

Senti as suas mãos na minha cintura e senti o peso da sua cabeça no meu ombro.

Tentei me desvencilhar dele mas ele me segurou um pouco mais forte.

- O que te mordeu pra você estar carinhoso assim, carai?