-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-
O Natal se aproximava. E na manhã em que os alunos deixariam a escola para as férias de Natal, Hogwarts acordou coberta com mais de um metro de neve. O lago havia congelado e os gêmeos Weasley receberam um castigo por enfeitiçarem várias bolas de neve fazendo-as seguir Quirrell por todo o castelo, garantindo boas risadas de Harry e seus amigos, os quais perceberam rapidamente que nem todos os Weasley eram um caso perdido. Eles estavam relativamente tranqüilos em deixar o castelo, pois sabiam que Quirrell não tentaria roubar a pedra com Snape e Dumbledore ali. Então, após abraços calorosos e votos de boas-festas, Hermione se despediu na entrada do Expresso Hogwarts afirmando que passaria o feriado com seus pais em Paris, Pansy e Draco passariam com suas famílias e Harry e Tom também. E logo os dois últimos seguiram para a sua usual cabine no trem, trancando-a com um poderoso feitiço e assim, garantido sossego e privacidade até a chegada à plataforma 9 ¾.
Na plataforma, James e Lily os esperavam com uma chave de portal para levá-los para casa. E ao entrar novamente em seu quarto, após todos esses meses, Harry percebeu o quanto havia sentido falta do calor de sua casa, do calor de sua casa na companhia de Tom, é claro.
- Está pensando em que, pequeno?
- Em como senti falta de casa – sorriu – acho que só agora percebi isso.
- É mesmo?
- Sim, senti falta do nosso quarto, de acordar com você – murmurou, o rosto levemente corado – o espelho não é a mesma coisa.
- Eu sei.
Deixando os dois malões caírem levemente ao lado da cama, ao encerrar o feitiço de levitação, Tom puxou o irmão para os seus braços, sentando-se com Harry em seu colo na cama. Um brilho amoroso refletia em seus olhos castanhos. E Harry, contente, aninhava-se nos braços fortes que o envolviam.
- Eu senti falta de ter você somente para mim – confessou Tom.
- Ciumento – brincou o menor.
- Muito.
- Você não precisa ter ciúmes dos meus amigos, Tom, eles não vão roubar o seu lugar.
- Por que você precisa ter amigos? – perguntou, genuinamente confuso e descontente, pronunciando amigos com evidente desprezo.
Harry piscou duas vezes.
Ele realmente não sabia o que seu irmão queria ouvir como resposta.
- Não é que eu precise... – tentou explicar -... Mas eu gosto da companhia deles.
- A minha não é o bastante?
- Tom, por favor, a sua companhia é perfeita. Mas você não pode estar sempre comigo em Hogwarts, estamos em anos e casas diferentes, mas ainda sim eu passo muito mais tempo com você do que com eles.
- Hum...
- E você também tem amigos com quem devo dividi-lo.
Tom apenas arqueou uma sobrancelha. E suspirando, Harry percebeu que sua afirmação não era verdade. Os únicos momentos em que Tom estava com Adrian e Montague se resumiam a quando precisava de um livro emprestado, anotações das aulas, ou qualquer outra coisa desse tipo. Eram trocas baseadas em interesses de ambos os lados e na maior parte do tempo, Tom estava em seu encalço, ou na biblioteca, cumprindo sua meta de ler todos os livros existentes ali.
Sabendo que seus argumentos não poderiam convencer o irmão, Harry decidiu usar sua arma secreta e o encarou com os seus melhores olhinhos lacrimejantes numa expressão cheia de ternura, algo que havia treinado para situações de emergência:
VOCÊ ESTÁ LENDO
Destino Entrelaçados - Tomarry
Romance[ CONCLUÍDA ] Para salvar a vida de Harry, Dumbledore viaja no tempo e leva o bebê de uma moribunda Mérope Riddle aos braços da família Potter. Tom e Harry, então, crescem como irmãos. Mas esta relação se desenvolve a níveis inimagináveis. O que ser...