-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-Choque.
Medo.
Ódio.
Estes foram os sentimentos que inundaram Tom quando, naquele entardecer, ao voltar da Borgin & Burkes, deparou-se com a porta de sua casa destrancada e Nagini imobilizada no chão. Harry havia sumido. E depois da visita de Malfoy e Lestrange à loja e do convite rejeitado, não cabiam dúvidas de quem era o responsável por aquilo, quem jamais se contentaria com um "não" como resposta e para persuadi-lo – para não dizer, chantageá-lo – usaria Harry, a única pessoa que importava em sua vida, sua única fraqueza.
- Eu vou matá-lo.
Não era um desejo.
Não era uma ambição dita num momento de ódio.
Era um fato. O Imperador morreria naquela noite. Tom iria matá-lo.
- Primeiro você precisa encontrá-lo – disse Nagini. Ela estava tão furiosa quanto ele, pois seu querido filhote havia sido levado sob as suas próprias escamas sem que ela pudesse fazer qualquer coisa para salvá-lo.
- Eu sei – murmurou, com ódio, após o quinto feitiço de localização que conhecia não dar qualquer resultado.
Ele estava prestes a aparatar para a Mansão Malfoy e torturar Lucius até este lhe contar onde Harry e o Imperador estavam, quando, de repente, uma segunda presença se fez manifesta em sua mente. Era uma sensação conhecida, uma sensação que o lembrava de seu tempo na escola, quando Harry tentava contata-lo usando o link que os unia pela cicatriz. Concentrando-se um pouco, Tom se viu em meio a um campo de batalha repleto de sangue e corpos pelo chão, imobilizado, com lágrimas deslizando de seus olhos pelo rosto amordaçado, assustado. Ele estava vendo aquele cenário pelos olhos de Harry. E o palco de tudo aquilo era um só, o qual pôde distinguir pelo majestoso castelo que se erguia ao fundo: Hogwarts.
O Imperador estava atacando Hogwarts.
A batalha final pelo controle do mundo mágico havia começado.
Para Tom, porém, nada disso importava. Sua única preocupação sempre seria uma só: Harry.
-x-
Era indubitável para todo o mundo mágico que Alvo Dumbledore era um dos magos mais poderosos e brilhantes que já havia existido, mas nem sequer ele mesmo poderia imaginar testemunhar uma cena como aquela: Hogwarts, o cenário de uma guerra. Uma guerra incitada pelo ódio contra mestiços e nascidos-muggles. Uma guerra incitada pelo desprezo daquilo que se considera diferente, daquilo que, erroneamente, magos e bruxas de sangues-puros consideram pior, inferior, sujo. Mas, no final das contas, era apenas sangue.
Sangue que agora se derramava pelos terrenos da famosa Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Sangue inocente. Sangue de vítimas da barbárie do ódio. Sangue daqueles que tentavam proteger o único ponto de resistência que ainda restava no mundo mágico contra o Imperador. Todos os outros locais já estavam tomados pelo ódio, pelo medo, pela destruição. Mas Hogwarts ainda resistia. Hogwarts estava lá para todos aqueles que se opunham ao ódio, à corrupção dos valores e à perseguição de inocentes. Hogwarts agora era o quartel general dos Aurores que ainda restavam, das famílias que se opunham ao novo regime, das criaturas mágicas que fugiam do reinado de terror do Imperador. E, naquele momento, todos lutavam por suas vidas.
- Não é possível – disse o professor Flitwick, quase sem fôlego, lutando ao lado a lado das estátuas convocadas por Minerva para proteger o castelo – Desde quando a Ordem Negra se tornou um exército tão grande?
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Destino Entrelaçados - Tomarry
Romance[ CONCLUÍDA ] Para salvar a vida de Harry, Dumbledore viaja no tempo e leva o bebê de uma moribunda Mérope Riddle aos braços da família Potter. Tom e Harry, então, crescem como irmãos. Mas esta relação se desenvolve a níveis inimagináveis. O que ser...