8

7.9K 657 411
                                    

-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

Naquela noite, o salão principal estava ricamente decorado para a festa de Halloween. E Harry, sentado à mesa das serpentes com seu irmão, não podia deixar de olhar maravilhado para os mil morcegos vivos esvoaçando na parede e no teto e outros mil mergulhando sobre as mesas em nuvens negras e baixas, fazendo dançarem as velas dentro das abóboras. Os mais deliciosos pratos enchiam as mesas e os sons das vozes animadas dos estudantes e dos professores abarrotavam o local. Harry estava sorrindo alegremente para seu irmão, que colocava mais um pouco de batatas assadas em seu prato, quando o Prof. Quirrell entrou correndo no salão, o turbante torto na cabeça e o terror estampado em seu rosto. Todos os olhares se voltaram a ele, quando, aos gritos, anunciou:

- Trasgo! Nas masmorras... Trasgo!... Achei que deveriam saber...

Em seguida, desabou desmaiado no chão.

Houve um alvoroço. Alunos correndo, gritando... No entanto, o diretor logo se colocou em pé e ordenou:

- Silêncio!

E imediatamente, todos se detiveram.

- Monitores - disse ele com a voz retumbante - levem os alunos de suas casas de volta aos dormitórios, agora!

Harry caminhava para o dormitório Slytherin com a mão firmemente agarrada por seu irmão quando parou de repente:

- Hermione!

- O que?

- Ela não sabe do Trasgo, Tom! Eu ouvi Parvati e Lilá comentando que ela estava chorando no banheiro feminino e como não apareceu no jantar, ainda deve estar lá.

- E daí? - bufou o maior - Isso não é problema nosso, Harry. Sua segurança vem em primeiro lugar, vamos voltar para o dormitório.

- Mas...

- Não vou discutir com você.

- Por favor! - agarrando a manga do uniforme de seu irmão, Harry o encarou com as belas esmeraldas a beira das lágrimas - Ela é minha amiga, por favor, vamos ajudá-la.

Um olhar de desprezo se desenhou na face de Tom ao ouvir que a problemática menina era amiga de Harry, mas ele simplesmente não poderia dizer não àqueles olhinhos cheios de lágrima que imploravam sua ajuda.

- Por favor...

- Tudo bem!

Com um grunhido exasperado, Tom agarrou a mãozinha pequena e puxou o irmão, misturando-se aos alunos Hufflepuff que seguiam na direção contrária para em seguida, esgueirar-se por um lado deserto do corredor e correr para o banheiro feminino.

- Eu ainda não sei por que estou fazendo isso.

- Por que você me ama e eu pedi? - ensaiando um pequeno sorriso, Harry observou o irmão revirar os olhos. Era verdade.

De repente, porém, eles ouviram um grito alto vindo do próximo corredor e correram naquela direção. Finalmente, com um suspiro resignado, o Slytherin colocou o irmão protegido às suas costas e escancarou a porta do banheiro, deparando-se com uma garota encolhida na parede oposta, parecendo prestes a desmaiar, enquanto o Trasgo avançava para ela derrubando as pias que estavam na parede em seu caminho.

- Incarcerous! - conjurou Tom. E no instante seguinte, dezenas de cordas grossas aprisionaram o monstro enorme, que despencou com um baque estrondoso no chão.

- Uau... - Harry murmurou impressionado.

E com um sorrisinho satisfeito pelo assombro do menor, Tom continuou:

Destino Entrelaçados - TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora