Vestiário

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Nico

Observo quando Carol chega ao vestiário e espero que ela entre no ambiente para fechar a porta. Ela se vira e leva um susto quando me vê, noto a expressão dela mudando de surpresa para raiva.

"Tu só pode tá de brincadeira com a minha cara né? O que tu tá fazendo aqui?" - Ela pergunta furiosa.

"Precisava te ver e esclarecer as coisas." - Digo, me divertindo com a situação.

"Não temos nada para conversar." - Fala ríspida.

"Discordo, eu tenho muitas coisas para te dizer." - Afirmo.

"Abre a porta para eu sair, por favor." - Pede furiosa, caminhando em direção a porta.

"Depois que a gente conversar eu abro." - Digo, caminhando atrás dela.

"Não. Eu tenho uma entrevista com o Victor e não posso me atrasar." - Alerta.

"Ele sabe que tu vai atrasar, não se preocupa." - Aviso.

"EU NÃO ACREDITO QUE TU TÁ INTERFERINDO NO MEU TRABALHO." - Ela se altera.

"Fiz uma pequena intervenção para podermos ficar sozinhos e conversar melhor." - Explico.

"JÁ DISSE QUE NÃO TENHO ABSOLUTAMENTE NADA PARA FALAR CONTIGO. EU NEM QUERO TE OUVIR." - Ela grita.

"Como foi a reunião com o presidente hoje?" - Ignoro sua irritação e mudo de assunto. Ela me olha desconfiada, mas responde.

"Foi ótimo, bem positiva. Na verdade acho que vamos conseguir o apoio do clube. Ele adorou a campanha e acho que a apresentação também." - Conta orgulhosa.

"É claro que ele gostou, tenho certeza tu foi perfeita na apresentação." - Elogio.

"Na verdade eu tava nervosa, e acho que ele percebeu, mas fiz o meu melhor, agora é cruzar os dedos. Agora chega de papo furado, duvido que tu tenha me trancado no vestiário para perguntar da reunião." - Ela joga e eu aproveito para começar meu discurso de desculpas.

"Mi vida, quero te pedir desculpas. Eu fui um idiota por ter dado conversa para a garçonete naquele dia. Tudo o que eu queria era estabelecer uma relação entre nós, mas tudo saiu fora do planejado." - Falo.

"Tu não me deve explicações de nada. Tu é livre para fazer o que bem entender, escolher a mulher que quiser e eu, felizmente, não tenho nada que ver com isso. Mas, da próxima vez que tu quiser conquistar alguém, não se sinta obrigado a me chamar para testemunhar as tuas conquistas." - Fala sarcástica.

"A única pessoa que eu queria naquela noite era tu. Planejei um jantar tranquilo e queria aproveitar um tempo contigo, porque tu realmente me fez bem, só queria que fosse incrível antes, durante e depois." - Confesso.

"Pois é, mas não foi. Na verdade foi o pior encontro que eu já tive. Mas essa história começou toda errada, não é mesmo? Eu não deveria ter bebido e muito menos ter terminado a noite na tua cama naquele dia." - Ela fala e as palavras me atingem em cheio.

"O jantar até pode ter sido ruim, mas dizer que aquela noite foi um erro, é mentira. Eu tenho certeza que tu te sente a mesma atração que eu quando se trata de nós dois." - Afirmo, me aproximando dela e tentando não perder a compostura.

"Pois foi uma noite péssima. E não existe nós dois." - Ela fala perdendo a voz.

Quando ela termina de falar já estou com a mão na sua cintura e meu próximo passo é puxá-la para um beijo de tirar o fôlego, provando que nós dois somos um caso mais real do que ela pensa. Tiro o blazer dela e deixo que ela me envolva com os braços, prolongando o beijo por tempo suficiente para que ela se entregue ao momento e relaxe, permitindo que minhas mãos passeiem por todo o seu corpo.

El JugadorOnde histórias criam vida. Descubra agora