Manuela é uma menina frágil, passou por muitas dificuldades desde pequena, o passado a atormenta, pela vida que sempre teve dentro de casa, está traumatizada e com medo das pessoas e a única maneira que ela encontra é fugindo de todos e do lugar que...
Não sei quanto tempo passou, estava com os meus pensamentos longe, pensando em tudo o que passei com meus pais e como eu me sinto mais independente e em paz, faz um dia que estou longe da minha mãe e já me sinto leve, claro que vou sentir falta dos meus irmãos, mas depois eu vou tentar me encontrar com eles em algum lugar.
Alguém coloca os braços em meus ombros e do um pulo
- JESUS, meu coração - digo colocando a mão no peito, sentindo meu coração batendo forte, pois aquele toque me assustou pelo um simples motivo, fiquei toda arrepiada.
- Desculpa, não quis te atrapalhar, mas já terminei faz um tempo e você permaneceu no mesmo lugar, sem se mexer, fiquei preocupado, te chamei e não escutou - diz ele chegando perto de mim, da para sentir o aroma adocicado do perfume dele, mesmo que ele esteja apenas do meu lado, ele se aproxima e olho nos seus olhos, como esse homem pode ser tão lindo?. Sinto meu corpo esquentar, minha pele arrepiar com apenas um toque.
Ele toca no meu queixo fazendo que eu fique de cara á cara com ele.
- Pequena você mexe tanto comigo. - diz ele alisando minhas bochechas, fico toda vermelha e tento baixar minha cabeça, não sei o que dizer em momentos como esse, ele não imagina o quanto ele mexe comigo. Olho para sua boca, e faz tempo que não beijo ninguém, na verdade o namoro que tive com o Fernando nunca se passaram de pequenos selinhos e mãos dadas, sempre tive muito receio e medo de aproximar das pessoas, por ser muito fechada, mas não sei porque, pela primeira vez eu sinto vontade de beijar a boca de alguém.
- E-u, eu preciso tomar banho e ficar cheirosa como você, posso usar seu banheiro?
- Manu, claro que pode, não precisa nem perguntar, o que é meu é seu a partir de hoje, quero que se sinta a vontade, então pode ficar aqui no quarto, se trocar, eu vou ir pra sala comprar as passagens para gente sair daqui, estou muito longe da Alice. Estou com saudade dela e ansioso para que vocês se conheçam e a gente está muito perto da sua família.
Concordo com a cabeça, levanto da cama, quando ele está em direção à porta, para ir pra sala, antes de fechar a porta ele abre um sorriso e eu também, acho que não é sou eu que esta sonhando com esse momento que está acontecendo.
Vou até a minha mala, pego um conjunto de roupa de saia, uma camiseta e uma jaqueta jeans e meu único sapato branco. Depois de um banho tomado, com perfume e cremes pelo corpo que comprei com meu dinheiro e escondia da minha mãe e usava em momentos especiais, e esse é um momento especial, a partir de hoje, todos os momentos são especiais e não preciso esconder mais nada de ninguém, não lavei meu cabelo, pois não tenho secador e nem escova para pentear o cabelo então por isso só ajeito ele, para não parecer que acordei e não penteei.
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Vou em direção à sala com receio e vergonha, com um frio na barriga por escutar uma música baixinha e escutar uma voz rouca cantando.
