Layla Bennett não esperava muito de seu recesso de fim de ano. Na verdade, depois dos horrores que passou há não muito tempo, tudo o que ela quer é viajar até sua cidade natal e aproveitar os calmos dias gelados ao lado de sua pequena e preciosa fam...
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"O céu está bastante nublado, você não acha? Parece que vai cair uma baita tempestade..."
"Eu posso te levar de volta para o palácio agora mesmo, se quiser."
"É claro que levaria, Alteza. Não importa que já estejamos chegando em Bluehill, você com certeza faria o retorno e me levaria de volta para Arthenia sem que eu nem mesmo acabasse de falar."
Eu ri, desviando por um segundo os olhos da rodovia para olhar Layla, que estava sentada no banco do carona. Tê-la ali parecia algo tão natural e ao mesmo tempo tão incrível, que eu não sabia como descrever.
"Você me conhece tão bem assim?", não consegui deixar de perguntar, com um sorriso.
"Pode apostar que sim."
Voltei os olhos para a rodovia, de repente desejando que Bluehill continuasse a quilômetros de distância, porque estar naquele carro com Layla, mesmo que ficássemos minutos e minutos em silêncio, era simplesmente perfeito.
Durante toda a noite anterior e aquele dia, minha mente parecia impossibilitada de parar de pensar nela. E no baile. E nos fogos de artifício e qualquer outra coisa relacionada ao Dia da Nova Conquista.
Para quem simplesmente odiava aquele feriado, aquela noite tinha sido em disparada uma das melhores da minha vida.
Porque ela estava lá. E aquilo mudou tudo.
"Layla?", chamei de repente, porque, ao me lembrar do baile, outra coisa tinha surgido na minha mente. Bastante inconveniente por sinal.
"Hum?"
"Eu não sei se você já ficou sabendo, mas..."
"Um punhado de matérias sobre a gente saiu na Internet?", ela completou, voltando os olhos castanhos e inteligentes para mim. "É, eu fiquei sabendo. Meu irmão fez a gentileza de me acordar às sete da manhã para me contar isso. Estava me perguntando quando você tocaria no assunto, já que a nossa simples dança no baile já atravessou fronteiras internacionais."
Eu apertei o volante com força, fazendo os nós dos meus dedos ficarem brancos.
"Estava... reunindo coragem. Talvez."
Layla abriu um sorrisinho doce, piscando para mim ao dizer:
"Levando em conta que saímos de Arthenia há uma hora, você precisou de um bom tempo, não é?"
Mantive os olhos fixos na rodovia, como se minha vida dependesse disso quando perguntei:
"E você não está... chateada? Ou... ou zangada?"
Ao meu lado, Layla soltou uma risadinha.
"Bem, admito que não estava esperando por isso, mas tenho fé que a mídia logo vá esquecer a gente. Isso se uma notícia melhor surgir. E, se não, não tenho problemas em ser abordada por um punhado de colegas de St. Andrews me perguntando sobre você quando as aulas recomeçarem."