Layla Bennett não esperava muito de seu recesso de fim de ano. Na verdade, depois dos horrores que passou há não muito tempo, tudo o que ela quer é viajar até sua cidade natal e aproveitar os calmos dias gelados ao lado de sua pequena e preciosa fam...
AVISO: Esse capítulo possui descrições de relacionamento abusivo e violência doméstica, se isso tem algum efeito de gatilho para você, recomendo que pule a leitura deste capítulo. Quando a cena terminar, colocarei um aviso, onde você poderá continuar sua leitura tranquilamente.
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Lembre-se de respirar. Puxe o ar para os seus pulmões. Mantenha os olhos fechados.
"Aonde você vai desse jeito?"
"Joseph, é apenas uma festa de aniversário. Pare, por favor."
Um raio cortou o céu, tanto no momento presente quanto na minha lembrança.
"Layla, por que você não me avisou? O que as pessoas vão pensar quando você chegar lá sozinha, sem mim? Responda!"
Um punho foi erguido no ar, atingindo em instantes a carne macia.
"Isso é culpa sua!", ele tinha dito, quando eu já estava no chão. "Se você pelo menos se desse mais ao respeito..."
"Joseph, por favor! Pare!"
Mas minha voz não saiu mais, eu não conseguia gritar. Minha boca estava cheia de sangue. Senti quando fui chutada na barriga e vi quando minhas mãos mergulharam na poça vermelha escarlate que já tinha se formado no chão.
"Você aprendeu agora?!", ele gritou. "Eu te amo, mas o que você faz... Isso me deixa louco."
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"Layla!"
Abri os olhos de súbito, me assustando quando encarei olhos azuis esverdeados, não os castanhos de Joseph, que antes eu conhecia tão bem.
"Layla, fique comigo. Por favor."
Ergui a mão e afastei uma mecha do meu cabelo da bochecha.
Aquilo em meu rosto eram lágrimas? Ou apenas as gotas de chuva? Eu não fazia ideia.
"Steven", sussurrei, tentando me lembrar de que estava em Steinorth, a quilômetros de distância da pessoa que tinha despedaçado minha alma. Tentando me lembrar de que estava segura.
