Capítulo Onze - Steven

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"Steven

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"Steven..."

A palavra trêmula saiu dos lábios de Layla em um sussurro desesperado, como se ela não soubesse exatamente o que dizer. Seus olhos castanhos pareciam duas bolas de golfe e suas mãos - ainda segurando aquele bilhete que por algum motivo estúpido eu me recusava a dar fim - tremiam tanto que eu cheguei a me preocupar com ela.

Eu não sabia o que dizer.

Eu não fazia ideia do que fazer.

Minha cabeça começou a dar voltas, tentando encontrar uma maneira de explicar a ela que aquilo não era exatamente o que parecia ser, mas não consegui encontrar nada no estado de nervos em que estava.

Layla tinha lido o bilhete, pois só aquilo explicava o estado em que a encontrei parada no meio do quarto, e aquilo significa que agora três pessoas naquele castelo sabiam - ou pelo menos desconfiavam, no caso de Layla - que a morte da antiga rainha não tinha sido tão natural assim.

Naquele instante, desejei muito que Layla não fosse uma daquelas pessoas que não conseguem manter segredos.

"Eu juro que não pretendia ler isso", ela disse então, os lábios se movendo rapidamente. "Eu... Isso caiu do seu casaco. Eu juro que ia colocar no aparador e te devolver, mas então..." Ela não conseguiu continuar, a voz se perdendo.

"Layla..."

Eu passei as mãos pelo cabelo, desgrenhando-o ainda mais, e pensei no que dizer.

A verdade, é claro, parecia terrível, mas nenhuma mentira que vinha a minha mente parecia convincente o suficiente. Além do mais, agora eu precisava da palavra dela que nunca, em hipótese nenhuma, contaria aquilo a alguém. Mas como eu poderia garantir aquilo sem antes dar-lhe explicações?

Layla Bennett agora sabia do meu maior segredo. Aquele que ocupava cada espaço da minha mente desde que recebera aquele primeiro bilhete.

Eu não sabia como me sentir a respeito daquilo, embora desesperado, angustiado e enlouquecido fossem adjetivos bastante pertinentes.

"Nós podemos conversar?", sugeri, tentando manter a voz no tom mais calmo possível. "Não aqui. Lá fora. Nos jardins."

Eu definitivamente precisava de ar, pois as paredes do meu quarto de repente pareceram se fechar ao meu redor, impedindo que o oxigênio entrasse em meus pulmões.

Layla, então, me lançou um olhar indagador, como se eu tivesse acabado de falar em grego ou algo assim.

"Não está bravo comigo?", ela perguntou baixinho, de forma tão doce e inocente que eu desejei abraçá-la.

Controle-se Steven, não é hora para isso.

"É claro que não estou, Layla", disse com total sinceridade, embora, obviamente, desejasse mil vezes que ela nunca tivesse lido aquilo. "Eu... entendo. Mesmo. Podemos ir lá para fora?"

Um Amor Para o Príncipe Herdeiro, livro 1 - Casa ArtheniaOnde histórias criam vida. Descubra agora