I

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- Manda o Tomlinson.

- O Tomlinson? Fred, o Tomlinson é um incompetente. - Bufou. - O último cara que ele prendeu deu um tapa nele e fugiu.

- Ninguém nunca escapou de você?

- Fred, o cara estava algemado! Ele conseguiu fugir estando algemado!

- É a nossa única possibilidade, Connor. - Deu de ombros. - Você quer ir pessoalmente àquela ilha maldita? Eu não quero e não irei mandar ninguém importante para lá. - Olhou para a foto na parede. - Ano passado nós mandamos a minha melhor equipe, tínhamos certeza que conseguiríamos prender a abominação que faz isso... Dezesseis de outubro, todos mortos.

- E você espera que o Tomlinson consiga? A gente não sabe nem com o que está lidando, Fred.

- Demônios não existem, Connor! - Bateu na mesa com a mão. - Eu já estou cansado de suas dúvidas sobre o que pode ser sendo que só existe uma explicação possível, um assassino em série.

- Que é um assassino em série é óbvio, mas nenhuma morte é feita com arma, tudo é feito com as mãos.

- Um humano que mata as pessoas com as mãos. Coisas sobrenaturais não existem.

- Fred, ano passado foi o oitavo ano consecutivo em que aconteceram assassinatos em série durante o mês de outubro naquela ilha, eu não estou disposto a permitir que esse seja o nono.

- Então me dê uma alternativa!

- Nós iremos com o Tomlinson... Nós, duas equipes, o Tomlinson incluso em uma das equipes.

- Você quer que a gente morra?!

- Então você está mandando o Tomlinson em uma missão suicida?

- Ele não é um bom agente!

- Frederick, que tipo de pessoa é você? Você acima de tudo deveria servir a justiça.

- Nós somos policiais, Connor, você sabe que não existe justiça aqui. - Cruzou os braços. - Vai fingir que nada do que aconteceu realmente aconteceu? Vai fingir que policiais são cavaleiros da justiça? Nós somos iguais ou piores que as pessoas que nós prendemos, pare de se fingir de cego. - Suspirou. - Nós iremos, mas ao primeiro sinal de que realmente estamos correndo perigo...

- Deixaremos a ilha. Tomlinson e as equipes ficam.

Outubro se aproximava e com ele os temerosos ataques extremamente violentos na Ilha de Phrann, a norte da Inglaterra. Não havia sequer registros filmados dos ataques, tudo sumia, ninguém sabia de nada. Os ataques não era suficientes para que todas as pessoas que habitam a ilha morressem, mas haviam cerca de quinze a vinte mortes no mês de outubro, todas cheias de brutalidade escancarada nos corpos dilacerados das vítimas. Os que ainda moravam na ilha, já sabiam sobre a impossibilidade de sair a noite durante o mês de outubro e contavam orgulhosos sobre conseguiram sobreviver a mais um outubro sangrento.

Louis William Tomlinson não era exatamente o tipo de colega policial que os policiais queriam ter profissionalmente, com vinte e sete anos, foi expulso de casa aos 18 quando revelou sua homossexualidade aos pais, sem muito apoio ou onde morar, se virou na rua por dois meses, quase morrendo. Seus pais o colocaram de volta depois que uma de suas irmãs implorou até que deixassem ele voltar, entretanto impuseram a condição de que aceitasse o emprego como policial que um amigo íntimo da família propusera. Na cabeça de seus pais e de Frederick Walker seria como uma terapia de correção, ele tomaria jeito com o trabalho.

Assim trabalhava desde então, Frederick havia dado um jeito para que conseguisse entrar na polícia, mas desde então havia sido infernizado por seu parceiro Connor Jackson para que expulsasse Tomlinson da polícia, afinal o rapaz era um incompetente. Quase nove anos de trabalho e o rapaz ainda não sabia atirar direito? Nove anos de carreira e Louis tinha uma tarefa principal durante as missões: Ser a isca. Ele não tinha muitas opções a não ser aceitar a tarefa e continuar com seu emprego.

- E então... - Um rapaz alto de cabelo castanho apareceu na sala.

- Não tenho muito o que dizer, Liam. - Respondeu rápido. - Em dezembro eu vou receber o que falta para que eu consiga comprar o apartamento com folga. Não posso ficar morando com você o resto de minha vida.

- Pode sim.

- Já foi tempo suficiente.

- Você já deveria ter feito faculdade, saído do emprego de policial...

- Não é como se fosse totalmente ruim. - Bebericou seu chá. - Eu gosto do meu emprego, eu sei que não sou tão bom nele, mas sou bom sendo isca.

- Inegável.

Liam James Payne foi a única pessoa dentro da delegacia que realmente se aproximou de Louis, criando uma amizade com o rapaz de olhos azuis que renderia em ambos morando juntos assim que Tomlinson conseguiu se livrar dos pais e sair de casa. Só restava dúvidas na cabeça de Payne sobre os motivos que levavam o rapaz a continuar na polícia mesmo quando já havia se livrado dos pais. Liam era um bom policial e era quem salvava Louis quando ele fazia besteiras como conseguir perder um preso.

- Eu só não queria que você fosse chamado. - Baixou a cabeça. Payne sabia da grande possibilidade que havia para que Louis fosse convocado para a ilha de Phrann neste ano. - Sabe que ninguém nunca voltou, mas continuam mandando equipes. O ano inteiro passam investigando quem possa ser, mas só aparece em outubro e simplesmente mata qualquer coisa que fique em sua frente.

- Vai ficar tudo bem, certo? Eu também me preocupo caso você seja chamado.

- Outubro se aproxima, Louis, eu temo por nossa vida.

PACTO (LARRY)Onde histórias criam vida. Descubra agora