III

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- O quê?! - Levantou em estado de choque. 

- Eu não sei, Liam, foi tudo rápido demais. - Respondeu quanto pressionava o gelo no nariz. 

- A missão... A missão foi forjada. - Bateu na mesa com a mão. - Ele te usou, Louis. Aquela carga nunca precisou de uma pessoa para liderar uma equipe de segurança. Ele só precisava de um motivo para que você fosse bem sucedido em alguma missão e pudesse te colocar na missão de Phrann. 

- Droga, droga. - Passou a mãos pelos fios de cabelo. - Isso não importa agora. 

- O que foi que aconteceu na estrada? Você deveria ter chamado alguém da polícia, avisar sobre o corpo. 

- Eu não tinha como, Liam. Ainda estava fresco, tudo havia acabado de acontecer. - Olhou nos olhos do rapaz mais novo. - Eu entrei em pânico, puxei minha arma e procurei por algo, parecia ter sido algo feito por um lobo, havia marcas no rosto coberto de sangue. O rosto estava mordido... Eu entrei no carro e algo bateu no fundo então eu percebi que estava ali. 

- Meu Deus... 

- Eu acelerei como pude e te liguei, aquilo continuava atrás do carro sem perder o ritmo, não dava para ver o que era, era simplesmente um vulto cinza, eu poderia jurar para você que era um lobo, você atendeu a ligação e aquilo sumiu, então apareceu de novo na frente do carro, era uma nuvem de fumaça cinza, havia um rosto, mas era esquisito, não tinha formato definido na fumaça, os olhos eram só branco e a boca se abriu... Haviam dentes como eu nunca vi, eram muitos dentes, não sei dizer, oitenta, cem dentes finos e pontiagudos enfileirados, fechei os olhos, bati o carro, esperei a morte chegar, mas aquilo sumiu. 

- Você acha que aquilo realmente era o assassino de Phrann? 

- Pelo corpo... Com certeza era. 

- Estamos em setembro e não estamos em Phrann. 

- Mas eu estava perto, não podemos analisar isso como se estivéssemos nos analisando, aquilo não é humano. Não tem como afirmar que sempre vai seguir um padrão. 

- Ouça! - A programação na televisão havia sido interrompida, na televisão, escrito em vermelho, havia a palavra urgente em letras garrafais para que todo mundo pudesse perceber a gravidade da situação. 

- Foram confirmadas três mortes no dia de hoje, duas na ilha de Phrann e uma na sexta rodovia no norte do país. Todas seguem o mesmo padrão que já foi observado durante os últimos anos no mês de outubro. O departamento de polícia internacional junto com a polícia de Londres está trabalhando duro no caso e ainda não se há pistas sobre a identidade do assassino. Os ataques começaram 5 dias antes do padrão esse ano e as viagens de barco até a ilha de Phrann foram suspensas até segunda ordem. Fiquem em suas casas durante a noite e se protejam, os assassinatos nunca aconteceram fora de Phrann e todos estão em risco agora. 

Mensagens de alerta chegavam no celular dos rapazes. 

"Pedimos a todos os cidadãos para que permaneçam dentro de suas casas após as 5 da tarde. Não fiquem expostos na rua depois desse horário. O assassino de Phrann está solto pela Inglaterra" 

- Merda... 

- Você não irá para Phrann então. - Suspirou aliviado. - Ficará aqui. 

- Ele atacou no continente, agora nós precisamos estar aqui. 

Tomlinson ouviu o seu celular tocar. 

- É o Frederick... Droga. - Passou a mão pelo cabelo. - Alô...

- Tomlinson, arrume suas malas, nós iremos para Phrann! 

- Eu pensei que nós ficaríamos aqui por conta do ataque no continente. 

- Não. A equipe do Connor ficará aqui. - Suspirou. - Mas fique feliz! Payne virá conosco! 

- Mer... Certo, senhor. 

- Amanhã! - Encerrou a ligação.

- Liam... 

- Eu sei, Connor me mandou mensagem. 

- O que nós vamos fazer?

- Aceitar a morte e ir para Phrann. - Suspirou. - Vou fazer comida para a gente, aceitar que estamos indo em uma missão suicida me deu fome. 

- Nós poderíamos fugir. 

- Não poderíamos, fugir diante de uma missão dessa colocaria nossos nomes como procurados da Interpol. Infelizmente é o nosso trabalho. 

- Droga! 

- Já parou para pensar que você foi a primeira pessoa que viu o assassino de Phrann e sobreviveu? 

- Se ele sabe quem eu sou, não por muito tempo. 

- Hambúrguer ou Pizza? 

- Uma passagem para o Brasil. 


PACTO (LARRY)Onde histórias criam vida. Descubra agora