PACTO (LARRY)

XII

Há uma forma única de deter Harry.

Não, o ritual do livro não funciona com o meu menino.

Se você está lendo isso agora é porquê eu já morri e provavelmente o meu menino está criando um caos incontrolável. Ele piorou nos últimos anos, os massacres se tornaram piores, nos primeiros ele matava uma pessoa, duas, tudo ficava muito disperso, acreditavam ter sido mortes por doenças crônicas, nada muito sanguinário, eram apenas convulsões, infartos. Harry descobriu o seu poder com dezesseis anos, percebeu o que poderia fazer, naquele ano houveram dezesseis mortes em outubro, a época do ano em que o pacto havia se realizado, meu menino havia nascido em fevereiro e morrido em outubro.

A força do pacto depende do demônio com quem você negociou... Eu negociei diretamente com Lúcifer, por conta disso o ritual nunca dará certo. Eu irei descrever o que é necessário para que o tormento acabe, eu nunca tive coragem de fazer por conta própria.

- Isso ajudou... Bastante! Muito obrigado, senhora Evans!

- Vá, garoto. Salve a ilha.

As palavras rondavam a cabeça de Payne, mas ele sabia o que teria que fazer, tudo estava muito claro em sua mente e ele estava focado. Tinha certeza de que dará certo.

"O pacto tem como ponto principal a luxúria."

Não sabia o que aquilo poderia querer dizer, mas tinha medo.

Silêncio.

Quando se estava numa situação como aquela silêncio não é a melhor coisa para se ouvir.

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Louis levantou com muita dificuldade, conseguia usar apenas um braço, o outro estava muito debilitado para que ele pudesse fazer qualquer esforço, não fazia muita diferença quando se estava prestes a morrer.

- Harry! - Gritou com o resto de voz que tinha.

- Ele sumiu... - Um dos policiais disse.

- Quantos morreram? - Perguntou preocupado.

- Três. Ele não pareceu interessado em fazer mais mortos, não agora.

- Ele quer que eu veja... - Grunhiu.

- Você precisa ir para o hospital.

- Ele está solto por aí, atacando a luz do dia, não há onde se proteger, eu ficarei bem, nós precisamos arranjar uma forma de matar Harry.

- Tomlinson, eu admiro a sua coragem, mas você sabe com o que estamos lidando. Nós estamos aqui para morrer, ninguém consegue sair da ilha.

- Eu acredito na gente. - Mancou.

Uma figura cinza surgiu no meio das árvores.

- Você finalmente acordou. - Gargalhou.

Uma sensação de medo percorrendo por todos, ele estava de volta.

- O cheiro do medo de vocês é delicioso, vocês não fazem ideia do quanto. - Olhou para Louis. - O seu é ainda mais, se mistura com o seu perfume.

- O que você quer de mim? - Perguntou receoso.

- Um dia... Eu quis viver com você, casar com você... Mas você me descobriu... Que droga, Louis! Você descobriu tudo e acabou com todos os meus sonhos!

- Merda... - Louis tentou correr, mas seu corpo estava muito machucado. - Fujam! - Todos correram para onde puderam, a maioria para as árvores que estavam atrás deles. - Vem! Me pega! Não é isso que você quer? Eu estou aqui.