Capítulo XV

633 80 15
                                    

Ninguém ganha sempre, mas os corajosos sempre ganham no final.
Paulo Coelho
(Sophie)

_Este lugar esta ocupado_ Eu disse, desviando minha atenção para o sujeito ao meu lado.

_É claro que esta, afinal eu estou aqui._Respondeu com um sorriso arrogante que me irritou profundamente.

Não me dei ao trabalho de responder, em vez disso me levantei decidida a procurar os outros. Algo naquele cara me incomodava profundamente, e eu não entendi a razão para estes sentimentos. Talvez fosse seu jeito arrogante e prepotente, ou sua postura altiva. Ou a forma estranha como me olhava. Mas antes que pudesse me afastar, o sujeito me impediu.

Lentamente meus olhos desceram para a mão forte e bronzeada que agora segurava o meu braço. Senti meu sangue ferver e aquele familiar pulsar em minha cabeça. Precisei cerrar meus punhos para impedi-los de pegar aquela mão e faze-la em pedacinhos.

_Eu não faria isso se fosse você..._Eu disse por entre os dentes, tentando a todo custo conter meu temperamento. Aquele não era um bom lugar para se perder a cabeça. Pelo seus olhos negros que brilharam com esclarecimento, eu tive a certeza de que ele sabia o que eu era, independente de poder sentir meu cheiro ou não, da mesma forma que eu sabia que ele era lycan.

_Ei, calminha ai docinho! Só quero conversar. Uma garota tão bonita quanto você não deveria ficar sozinha em um lugar como esse..._Ele disse, recuando um passo apenas, como se pressentisse o perigo que eu representava. Pelo menos o cara era esperto, mesmo que isso não parecesse abala-lo.

_Primeiro. Não me chame de docinho. Segundo. Eu não estou sozinha e Terceiro. É melhor me deixar em paz. Não conheço você e não pretendo conhecer, então por favor, SAIA._ Declarei, mas isso não o afetou. Em vez disso, ele voltou a sorrir.

_Você é sempre assim irritadinha? _Ele perguntou voltando a se sentar e pedindo uma bebida ao bartender. _Por favor, sente-se. Ru não mordo! A menos que peça é claro. Além disso, este lugar é público e estou confortável aqui. Ainda mais desfrutando, de tão adorável companhia...

_Você é sempre intrometido e petulante?_ retruquei, voltando para o meu lugar, pois via por sua expressão que ele não desistiria. Além disso, minhas mãos tremiam e eu precisava me acalmar.

_Intrometido não, petulante, talvez. Mas acho que a palavra...curioso, se encaixaria mais..._Suas palavras eram cadenciadas e sedutoras. Mas isso não funcionaria comigo_ Pelo menos posso saber seu nome?_Perguntou apoiando os braços no balcão e se inclinando em minha direção.

_ Não_ Declarei, olhando em volta para ver se via Jack. Ele não devia ter ido muito longe. As gêmeas e Charles ainda dançavam, mas eu não queria estragar sua diversão. Na parte de baixo, Chris ainda conversava com a mulher.

_Ah, docinho...uma bela garota como você, não deveria ficar tão aborrecida. Aposto que fica ainda mais bonita quando sorri._ O sujeito  falou, atraíndo minha atenção. E acabando com minha paciência em tão pouco tempo.

_Você é a única fonte, do meu aborrecimento, então por favor, me deixe em paz. Realmente não quero machucar você _ Gruni, mas apesar da ameaça implícita, ele não pareceu se importar.

_Talvez eu pare de chama-la de docinho, se você me disser seu nome...

As coloridas luzes estroboscópicas, estavam começando a me deixar tonta, o barulho excessivo me deixava atordoada e isso só me deixava cada vez pior. E o cara do meu lado, não colaborava nenhum pouco para manter minha paz de espírito. Havia sido uma péssima ideia ter vindo junto esta noite. Eu deveria ter dito a Jack ou aos outros que não estava bem. Talvez eu devesse pedir para que algum deles me levasse para casa, antes  que a noite virasse uma verdadeira bagunça.

Ascensão_Trilogia Wolf Black (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora