7. Fallen Hero

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Kihyun já havia ido embora, peguei a flor que estava disposta em um vaso. Como sempre lindamente delicada e suavemente perfumada. Astromélias brancas.

Vovó tinha um jarro com essas flores na mesa da cozinha.

Ontem foram hortênsias.

- Mãe, irei à floricultura.

- Para quê? Irá visitar sua avó novamente?

- Não é isso. Eu preciso te contar outra coisa...Desde que descobri essa doença, eu meio que estou, bem...

- Hyungwon! Desembucha de uma vez! Você quer me matar de preocupação?!

- Não é nada grave, mãe. Eu estou construindo um jardim lá no meu quarto, com as flores que têm saído de mim, vovó que me deu o conselho.

Ela sorriu e se colocou na ponta dos pés para beijar minha testa.

- Cuidado na rua, querido.

Eu não demorei muito na loja, apenas comprei as flores e mais alguns produtos para o jardim. Em menos de 40 minutos, eu já estava em casa novamente.

- Cheguei! Ficarei lá em cima!

- Está bem, mas daqui a pouco o jantar está pronto! Lave as mãos e desça. - avisou minha progenitora.

No quarto, eu abria espaço para as novas mudas, pesquisando na internet a quantidade e regularidade de regas que eu teria que cuidar delas agora. Ouço minha mãe me gritar do andar de baixo, mas eu não entendi muito bem as suas palavras.

- Tem um amigo seu aqui em baixo!

- Estou ocupado! Pede para subir!

Desde quando Minhyuk ou Kihyun usava formalidades para vir aqui?

Dois lunáticos.

Eu usava luvas e meus fios rosados estavam um pouco bagunçados e colados na testa, devido às poucas gotículas de suor que se acumulavam nessa área. Passei o antebraço na região, tirando o excesso e me levantei, olhando meu trabalho pré-finalizado.

- Olá.

Congelei. Essa voz.

Me virei, hesitante, dando de cara com Hoseok parado na porta do meu quarto, me encarando.

- H-Hoseok?! O que faz a-aqui?

- Eu vim... saber se estar bem, Hyungwonnie.

Ele estava me martirizando.

Poxa, eu só queria que ele me tratasse com esse carinho ao meu lado, trocando carícias. Automaticamente lágrimas surgiram em meus olhos e eu desviei o olhar para cima, suspirando pesado.

- É um jardim? Você o fez?

- S-sim, eu... É. Entre, Hoseok.

Ele sorriu fechado e deu alguns passos em minha direção, eu estremeci.

Por que tão lindo, inferno?!

Encarei o chão e ele colocou a mão no meu ombro.

- Eu gostaria de conversar contigo, você pode me doar um pouco do seu tempo? Desculpa te atrapalhar... - ele disse minimamente envergonhado.

- Claro, não precisa se desculpar, eu já havia terminado, de qualquer maneira. Diga...

- Minhyuk me contou sobre você... - travei e meu coração disparou ainda mais. - Não fique bravo com ele, ele estava super preocupado com você e eu ficaria magoado caso fosse o último a saber disso.

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