I'll never love again

happiness

Ludmilla

Alguns dias tinham se passado e posso dizer que a minha convivência com a Brunna era perfeita, já era antes e agora é mais ainda. Não temos que nos preocupar com ficar sentindo saudade, ou de ela ter que ir pegar mais roupas, ou de eu ir dormir na casa dela. Tínhamos o nosso cantinho agora. A coisa mais engraçada do mundo foi contar para a mãe e o pai dela. Eu fiquei nervosa e a Brunna me gastou por dias...

Flashback On

Curtimos o dia do meu aniversário maravilhosamente. No outro dia fizemos um churrasco enorme com todos os amigos, família das duas partes. Minha mãe e a Silvana deram um PT maravilhoso. Eu e a Brunna éramos só felicidade. Dois dias se passaram, eu estava mexendo no meu celular, quando ouvi a Brunna falar.

- Amor... - Me chamou.

- Oi amor... - Respondi.

- Então, tem algo que a gente tem que fazer... - A encarei curiosa.

- Achei que a gente tinha resolvido tudo de hoje.

- Meu amor, a gente tem que falar pros meus pais que vou morar com você... - Travei.

Eu sabia que a Mia ia apoiar, apesar de a Brunna e ela serem um grude, ela sabe e até já tinha citado em morarmos juntas. Mas o pai dela... eu ainda tinha medo dele... Nos arrumamos e fomos até a sua casa.

- Mia, tá em casa? - A Brunna fala assim que entra... - Demora uns segundos e vejo a mia aparecer.

- Oi sogrinha, tá gata hoje hein?! - Eu eu e a abracei.

- Todos os dias, querida. - Ela deu a língua.

- Papai tá em casa? - A Bru perguntou.

- Sim, vou chamá-lo. - Mia foi.

- Amor, fica calma... - A Brunna sabia quando eu estava nervosa.. só olhei pra ela.

Avisei o Jorge vindo com a Mia, e eu me permiti respirar...

- Oi... - dei um pequeno abraço nele.

- Oi Lud... - Ele falou. - Aconteceu algo?

- Sim, papai. Aconteceu. E eu quero que vocês saibam por nós duas. - Ele me olhou estranho, mas apontou o sofá para eu sentar.

- Então... - A Brunna começou a falar..

- Amor, deixa eu falar... - Pedi a palavra, aquilo era uma responsabilidade minha. - Antes de tudo, eu devo umas desculpas... - Falei olhando para os dois... - Eu sei que eu magoei a filha de vocês, eu sei tudo que fiz, e sei que foi muito errado. A um ano atrás eu era só uma criança, eu tinha medo e deixava esses medos me guiarem. Foi preciso eu perder a Brunna para saber que ela era realmente o que eu queria para o resto da minha vida. - eu olhei pra Brunna por um momento, voltei meu olhar para eles. - Eu ainda não sou mãe, mas eu posso imaginar que se eu tivesse um filho ou filha a minha reação seria a mesma ou pior se eu visse a minha filha chorar. Me perdoem por isso. - Eu estava sendo sincera... - Foi preciso um longo e doloroso processo de maturidade, e acredite eu não pediria uma coisa tão séria, se eu não tivesse totalmente certeza de que eu posso fazer a Brunna feliz. - Mia estava emocionada. - Eu vim pedir para vocês deixarem a Brunna vim morar comigo? - enxuguei uma lágrima.

Eles dois me observaram, os olhares alternavam entre eu e a Bru. A Bru estava tensa ao meu lado.

- Ludmilla... - Jorge começou... - A um ano atrás eu não queria nem ouvir seu nome, vê a Brunna quebrada daquela forma foi a pior coisa que eu já passei... - Eu baixei a cabeça. - Mas hoje, eu vejo que esse sorriso lindo que ela tem no rosto só aparece quando ela está com você. Você tem uma joia na mão, cuide! A mesma coisa eu digo para você Bru. Minha permissão está dada. - Ele assentiu. Eu estava tão feliz.