* Acordando

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Minha cabeça estava pesada. Tentei abrir meus olhos, mas a iluminação do ambiente não colaborava muito.

Depois de algumas tentativas frustradas, quase desisti e voltei a me entregar ao sono. Mas meu corpo todo doía. E isso não ajudou muito nessa tentativa de abrir os olhos e me levantar.

Senti que estava deitada numa superfície dura e fria. Consegui que meus olhos, finalmente, se acostumassem à claridade e pude começar a distinguir as formas ao meu redor.

O lugar era todo branco: paredes e chão. E não havia nada naquela sala de forma quadrada a não ser eu mesma. Estava no chão, como imaginei e minhas mãos presas na minha frente em um par de algemas tão brancas quanto o macacão que eu vestia.

Quis gritar, mas não consegui com a mordaça que me colocaram na boca.

Precisava pensar friamente por alguns minutos antes de tomar alguma atitude mais drástica, se é que uma garota de dezoito anos, amordaçada, algemada e presa numa grande caixa branca sem janelas, pudesse tomar qualquer atitude que ameaçasse a vida até mesmo de uma barata!

Nos cantos da parede no alto havia duas câmeras que provavelmente mostravam a meus captores o que eu estava fazendo.

Com sacrifício, ergui meu corpo, apoiando-o em uma das paredes e fixei meus olhos nas câmeras, como se enfrentasse meu carcereiro, como se isso pudesse fazer com que ele quisesse ver se eu estava bem.

Mas antes mesmo de tentar formular pensamentos coerentes, uma voz, com sotaque bem marcante, falou vindo das paredes. E eu a reconheci de imediato. Era ele. Meu ídolo, o amor da minha vida. Aquele por quem fiz a bobagem do tamanho de Godizila de tentar invadir o quarto do hotel após o show na minha cidade.

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