Conhecendo Jk

* Engolindo

Meus joelhos ficaram dormentes naquela posição.
O cérebro bugou. É verdade. Estava bêbada. Nem percebi que alguém entrara na sala e muito menos que era sacudida por dedos pequenos e firmes.

Mirei aqueles olhos sérios e a linha que se formou com a união de lábios carnudos demonstravam apenas preocupação.

Engoli seco. Minha voz não queria sair. Pude distinguir algumas poucas palavras ditas em coreano.

Jimin virou o rosto e gritou algumas palavras para a porta. Ele estava realmente preocupado comigo. Comigo! Como alguém poderia se importar com uma fã enlouquecida como eu?! Nem eu mesma.

Tentei me levantar, mas precisei da ajuda dele para firmar minhas pernas. Elas estavam dormentes e ele puxou a cadeira de plástico que estava encostada num dos cantos da sala e esperou que eu me sentasse.

Ele arranhou algumas palavras em inglês, pedindo que eu aguardasse enquanto ele sairia para buscar alguma coisa.

Não tive noção do tempo que demorou, mas nem liguei.

No more dreams envolvia a sala.

Fiz uma massagem em minhas pernas que, além de tudo, estavam envolvidas por uma calça apertada demais e que não colaborava com minha circulação sanguínea.

Não era a pessoa mais esperta do mundo, mas apesar de todas as burrices que já havia feito (e continuaria fazendo), eu pude conhecer meus ídolos e tive meu primeiro beijo roubado.

Não havia dúvidas de que eu havia aprendido uma valiosa lição com tudo aquilo: o crime, com certeza, compensava!
Se o beijo de Jungkook for minha recompensa por ter aprontado tanto nas costas de minha família, então, definitivamente, o crime compensa!

Não tenho dúvidas da sorte imensa que tive. Afinal, não é a primeira vez que alguém invade a vida de um ídolo e sai ilesa. Ainda tenho meus quatro membros colados ao meu corpo e não me fizeram uma lobotomia. Se bem que, depois do susto oscular, duvido de que meu cérebro volte ao seu funcionamento normal!

Um barulho na entrada da sala me fez erguer a cabeça de minhas próprias mãos e os olhares que me encaram me fizeram, mais uma vez, questionar minha sanidade.