A primeira amizade

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  Passaram-se dois meses desde que Haruhi havia iniciado seu treinamento como uma candidata a genin. Incrível como de um momento para o outro ela assumiu uma nova vida.

  Agora ela era a garota mais capacitada da academia, a que possuia as médias mais altas e era um mistério para todos. Ninguém sabia quem ela era, apenas o nome e idade.

  A garota era intitulada como um prodígio e imaginavam que ela seria tão egocêntrica quanto Sasuke ou qualquer gênio super comentado.

  Haruhi não era normal, mas ego era algo quase inexistente em seu caráter. Sempre vivendo entre responsabilidades e situações que exigissem a sua paciência. O que lhe rendeu grande sabedoria, que é oculta pela cara de sonsa e comportamento um tanto infantil.

  Haruhi saiu da academia com a bandana no braço. Ela tinha passado no teste, era oficialmente uma genin.

Andando pelas ruas de Konoha, se deparou com um mercadinho e resolveu levar doces para sua sensei. Mari amava doces.
  Chegou em casa e encontrou sua mentora fazendo palavras cruzadas. Assim que a azulada a viu adentrar pela sala, sorriu.

Durante esses dois meses, Haruhi havia descoberto muitas coisas sobre sua sensei, sem se quer detalhar a sua própria vida.

   Descobriu, entre outras coisas, que Mari havia perdido seus pais durante a guerra, tendo que viver com seus tios que eram bem rígidos. Ela tem 19 anos e é a anbu mais especializada do seu time, a líder, e também uma amiga antiga do Iruka. Por isso, Iruka-sensei havia pedido para que ela fosse a mentora da garota.

  Mari: A genin com as melhores médias da academia. – ela dizia orgulhosa.

  Haruhi: Sinal de que eu ainda vou ter muito trabalho pra fazer. – suspirou fadigada. – Aqui ó, trouxe doces.

  Mari: Are! – bagunçou os cabelos da menor. – Para de reclamar preguiçosa, vem vamos comemorar. E arigatou pelos doces! – Haruhi sorriu em resposta.

  A anbu levou a nova genin para comer no Ichiraku, uma comemoração e um marco de despedida. Já estava de noite e as duas estavam com fome, então Haruhi não foi contra.

  Haruhi: Nossa, esse lámen tá muito bom.

  Tio do lámen: O melhor para a nova genin! – a garota apenas arqueou os lábios em um leve sorriso.

   O tio do lámen voltou a fazer os seus afazeres e Mari-senpai pareceu ficar meio melancólica.

  Mari: A partir da manhã voltarei aos meus afazeres de anbu.

  Haruhi: Ainda vamos nos ver?

  Mari: Claro, – deu um pequeno sorriso. – mas não com tanta frequência.

   Haruhi: Entendo. Ei, eu devo participar de alguma equipe?

  Mari: O hokage já está cuidando disso, amanhã você receberá a resposta.

  Haruhi: Ata.

  O silêncio se instalou, não queriam que o clima ficasse pesado. Mari-sensei era como uma irmã para Haruhi (embora não confessasse isso verbalmente nunca), sem ela as coisas se tornariam mais chatas.

  Haruhi: Vou sentir sua falta. – disse finalmente, sem emoção aparente.

Mari a olhou e logo riu. A mais nova tinha um jeito estranho de demonstrar os seus sentimentos, isso foi o que ela percebeu em dois meses de convivência e achou hilário.

Mari: Fica tranquila, eu vou sempre dar um jeito de te ver. Amigas? – estendeu sua mão.

  Haruhi: Amigas for ever! – pegou-lhe a mão. Mari gargalhou.

  Mari: Ai Haru, você é muito engraçada.

Para a sua surpresa ou tristeza, aquela foi a primeira amiga que fez na vida. Uma pessoa de outra dimensão, que a viu como um gênio e uma preguiça divertida... Muito diferente do que as outras pessoas da realidade lhe retratavam.

Aquela noite, foi um dos melhores momentos que a kunoichi teve naquele lugar e certamente preservaria essa lembrança.

 

 

 

 
 

Minha vida em konohaOnde histórias criam vida. Descubra agora