Carta número 4

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Querido desconhecido,

Hoje em um momento de fraqueza, eu pensei em você. Pensei de uma forma que eu realmente não queria. Porque eu sabia que quando pensava em você, eu voltava para o passado. E isso era o que eu não queria. Eu não queria pensar no beijo que me fazia esquecer de todos os outros. Eu não queria pensar no sorriso que virou o meu preferido. Eu não queria pensar no " Eu te amo" que fez com que eu me apaixonasse. Aliás, eu não queira pensar em você. Você foi a melhor coisa que me aconteceu, mas também foi a pior. Eu já tinha aceitado a sua partida ou pelo menos eu achei que tinha aceitado, mas como se fosse a sua especialidade, você apareceu. Apareceu com a sua incrível persistência de me fazer sofrer. Sorriu e me derreteu, de novo. No meu caso, eu sempre acreditei em você. Sem pensar e sem ligar para as consequências, eu acreditei em você. Eu não liguei o quanto você poderia me fazer chorar de novo ou o quanto as suas palavras iam me machucar quando você me deixasse novamente. Na verdade, eu nunca liguei para a dor. Eu nunca liguei para nada quando estava com você. Era você e mais ninguém. Porém, no seu caso eu era uma garota que você tinha feito se apaixonar e depois que tudo deu errado, você me descartou. Quando os dias passavam e você ficava mal, você vinha até mim. E como eu sempre te amei, eu te ajudei. O caso é que eu realmente nunca vou entender de o porquê eu ter me apaixonado por você. Pode ter mil razões para eu não me apaixonar, mas eu escolhi as pouquíssimas razões que me fizeram me apaixonar. E hoje eu voltei no passado e pensei em você, de novo. Você não lerá essa carta como eu quero que leia, não lerá porque eu não tenho a coragem que preciso para te enviar. Então, essa é mais uma das cartas que eu não vou te enviar. E por mais que eu tente não fazer isso, no final eu sempre faço.

Querido desconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora