07. Vida de amante.

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Senti uma claridade no meu rosto e lentamente fui passando minha mão na extensão da cama, estava vazia, abri os olhos lentamente e por alguns segundos me senti desorientado sem saber onde me encontrava no momento até vim todas aquelas lembranças da noite anterior em minha mente e em quase um pulo me levantei da cama, não tinha ninguém além de mim e sinto dizer que um certo medo se abateu em cima de mim. Estava pelado e ainda por cima imundo e fedendo, me vesti com as roupas que estavam espalhados no chão e saí do quarto chamando ele, ninguém respondeu, quando cheguei na sala, peguei meu celular que estava na mochila e tinha varias ligações, puta merda, minha mãe, com certeza iria me dar um castigo infinito, infelizmente essa era o menos dos meus medos no momento. Ao lado de minha mochila meu caderno estava aberto e nela uma espécie de carta, era com certeza do Caio...

"Me acordei cedo e de novo me senti confuso sobre o que aconteceu, não se preocupe, eu te prometi e não vou agir novamente como um babaca, vim a praia para poder aceitar melhor esse momento de minha vida, quando acordar quero que venha, estarei próximo ao quiosque ****, toma um banho e escolhe uma roupa em meu armário."

- Caio.

Me sentei no safa e fiquei pensando em tudo que estava acontecendo, primeiro em Teresa, depois no Fagner, em seguida em como aquilo tinha acontecido tão depressa, como foi que minha vida tinha virado de cabeça para baixo daquele jeito? E claro, na minha mãe, lhe mandei uma mensagem de voz dizendo que estava tudo bem e que iria chegar em casa por volta das vinte e duas horas, olhei a hora e era quase sete da manhã, tomei o banho e procurei uma roupa conforme ele havia aconselhado, todas ficavam grandes para mim, mas fazer o que né, peguei um calção de praia e uma blusa sem manga e segui meio apreensível em direção à praia, que ficava apenas a dez minutos a pé de onde eu estava. Quando cheguei próximo ao quiosque vi ele sentado um pouco perto da água mesma estando lotada de gente, o meu moreno se destacava, suspirei e fui até lá.


- Que disposição em - falei assim que cheguei ao seu lado, ele me olhou e na mesma hora sorriu e claro eu retribuí.

- Senta aí - falou.

Eu me sentei e ficamos um tempinho só olhando as ondas quebrarem à frente.

- Acordei era umas cinco horas e vim para aqui pensar um pouco, foi ótimo ver o sol nascendo.

- Huum, e sobre o que você pensou? - perguntei sinceramente com medo da resposta.

- Tudo na verdade, tudo isso é muito novo pra mim, jamais imaginei fazer sexo com outro cara, jamais pensei que poderia sentir algo tão forte em tão pouco tempo, jamais imaginei ter uma noite em que... como posso dizer? - falava olhando o horizonte - Em que não fosse só sexo, entende? - olhou pra mim nessa última frase.

- Quer dizer que aquilo significou mais do que sexo para você? - perguntei tentando esconder a felicidade que se formava no meu peito.

Ele deu uma risadinha e falou - nossa, como eu tô gay - e levou as mãos a cara ainda rindo de leve, levei na desportiva e ri também.

- Mas e com Teresa, é só sexo? - perguntei voltando a ficar sério.

- Eu só te digo que contigo foi mais forte - falou olhando para frente. Nem preciso dizer que fiquei mega feliz com aquilo né.

- Eu só te peço para que não aja de novo daquela maneira, quero que voltemos a ser amigos ou colegas como preferir.

- E quem disse que eu quero ser seu amigo? - Olhou sério para mim.

Naquele momento congelei por dentro.

- Eu praticamente me declarei aqui e tu quer ser só meu amigo?

CAIO: O Namorado De Minha Amiga (Romance gay - LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora