Narrado por Fagner:
– Está tudo bem? – perguntei assim que percebi a gradativa redução na velocidade.
– Não, eu não consigo Fagner – ele respondeu.
– Não consegue o quê? – perguntei confuso.
– Encarar meu pai depois de tudo que aconteceu – disse por fim parando. Ele tirou o capacete e apoiou a cabeça no painel da moto.
Rapidamente desci da mesma e também tirei o capacete, olhei para trás e vi Lucas no carro fazendo uma expressão que perguntava "o que aconteceu?".
Fiz sinal para que se aproximassem, pois eu não sabia ao certo o que fazer.
Voltei a olhar para ele que ainda estava na mesma posição, coloquei minha mão nas suas costas e aproximei minha boca do seu ouvido e então perguntei:
– O que está sentindo?
– O que tá acontecendo? – Caio pergunta nos interrompendo.
Típico.
– Ele disse...
– Ei mano, o que foi? Tá passando mal? – Pergunta me ignorando totalmente, além de me empurrar pra longe de Caique pra abrir espaço logo em seguida.
Idiota. - o chingo mentalmente.
Lucas e Laura chegaram logo em seguida e pararam um a cada lado meu.
Caique levanta a cabeça revelando as lágrimas que começavam a cair e explica:
– Eu não consigo encara-lo, não depois do que aconteceu.
– Sente raiva ou rancor de nosso pai? – Caio pergunta.
Caique por sua vez nega rapidamente com a cabeça enquanto limpa as lágrimas com a mão direita.
– Não, eu não sinto nada disso. Eu sinto medo da reação dele.
– Você sentia medo de minha reação?
– Muito – admite – mas com você, sei lá, foi diferente... Não sei de onde surgiu esse medo.
– Está vendo todas essas pessoas aqui ao seu redor? – Caio pergunta apontado para Lucas, Laura e eu que estávamos logo atrás dele com olhares apreensivos. Ele confirma com a cabeça – elas estão aqui por um motivo em comum. Te apoiar. Você terá a gente, principalmente a mim, seu irmão se nada acontecer como esperava.
Caique chora um pouco mais antes de abraçar o irmão com força, meio desajeitado, pois estava em cima da moto que foi ao chão por falta de equilíbrio pouco depois, ele por sua vez pulou antes, saindo em leso. A tristeza nesse momento teve que sair por alguns minutos de cena para poder dá lugar a boas risadas. Caique meio que triste e sorrindo ao mesmo tempo foi levantar a moto com a ajuda do irmão.
Estava muito mal só pelo simples fato dele está mal, queria ter sido o primeiro a ajuda-lo, mas não deu. Achei melhor deixar Caio exercer seu papel de irmão preocupado, mas agora era a minha vez. Assim que eles levantaram a moto, me aproximei dele e lhe abracei forte, ele retribuiu.
– Vai ficar tudo bem – disse ao pé do ouvido.
Foi meio bosta e clichê o que acabara de falar, mas o que eu podia dizer?
– Se você continuar do meu lado, claro que vai – disse saindo do abraço, sorriu pra mim, retribui e por fim limpei uma lágrima que caia de seus olhos.
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CAIO: O Namorado De Minha Amiga (Romance gay - LIVRO 1)
Romance"Um sentimento de repudio e imensa tristeza me inundava naquele momento, nem mesmo a água gélida que escorria pelo meu corpo me deixava melhor, as lembranças vivas na minha mente do que havia acontecido há pouco me atormentavam. Como pude me submete...