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As filmagens aconteceriam pela cidade de Atlanta e pelos arredores dela, por conta da distância, facilidade e privacidade, Jessica sugeriu que eles fechassem um pequeno, confortável hotel para que toda a equipe pudesse se hospedar, o gasto era similar e cada um poderia se sentir mais em casa, melhor do que em um trailer, todos, incluindo Travis concordaram com a ideia, e ela mesmo se prontificou de providenciar o aluguel dos quartos para eles. 
Depois de uma longa viagem de avião, Jessica chegou ao seu quarto do hotel para organizar suas coisas para trabalhar no dia seguinte. Mal fechou a porta atrás de si e ouviu batidas, indicando que havia alguém, ao abrir a porta tinha um senhor que ela reconheceu por ter visto na recepção do hotel naquele dia mais cedo.

— Oi, bom dia. — ele tinha nas mãos um buquê de rosas enorme e muito lindo. — ah, desculpe, acho que foi engano a entrega do buquê. — sorriu amigavelmente. 

— A senhorita é Jessica Roberts? 

— Sim, sou eu. 

— Então é pra senhorita mesmo, foi entregue na recepção alguns minutos atrás endereçado com o seu nome, mas não tem identificação.

— Ok... — respondeu, sem entender muito bem — Obrigada, senhor, tenha um bom dia! — pegou o buquê fechando a porta novamente, tinha um bilhete bem escondido entre as rosas, mas aparentemente sem nome. 


"Você é daquelas mulheres que a gente não faz ideia 
do que gosta pra poder escolher um presente,
peguei vermelhas porque essa cor combina com você,
espero que você goste, princesa
é pela oferta de paz." 


Realmente não tinha nome nenhum, mas não conseguiu conter um sorriso quando leu princesa no bilhete, sobre a oferta de paz e o vestido vermelho, mesmo depois de toda aquela tempestade que passaram juntos ele ainda conseguia fazer ela se sentir especial de algum jeito, Tom era alguém que valia muito a pena ter por perto. Ela ficou analisando aquelas rosas que acabara de receber com um sorriso largo que mal cabia em seu rosto e pensando numa forma de recompensar ele de alguma maneira, dar a sua oferta de paz. 

Saiu pela porta mais ou menos uma hora depois da historia com as rosas, com um bilhete na mão, rápido e disfarçadamente, passou o bilhete por debaixo da porta onde Tom estava hospedado e saiu, do outro lado, ele estava mexendo no celular ao ver algo passando pela fresta da porta. 

"Não sou criativa e não consegui pensar nada mais bonito
do que as rosas que foram entregues hoje...
não sabia desse seu lado romântico, estou impressionada.
Aliás, eu amei, as rosas e a cor delas,
sou péssima nisso então aceite meu pedido
pra te ensinar andar de moto quando voltarmos a New York,
sei um lugar ótimo pra você fazer aquele lance de andar sem capacete e tudo mais.
Espero que você goste,
é a minha oferta de paz." 

Ele também não deixou de sorrir enquanto lia o bilhete, primeiro porque ficou feliz que ela tinha gostado da surpresa e das rosas que ele tinha enviado, e segundo porque ela tinha prestado atenção no que ele havia dito semanas atrás na pousada sobre querer aprender a pilotar, a estrada deserta, sobre a liberdade. Achou que ela jamais daria importância pra aquilo, e ele mal podia esperar pro momento chegar logo e o tempo passar bem rápido. 

Via mensagem de texto: 

mi suerte - 11h01, segunda-feira
sua proposta é irrecusável, mal posso esperar!

princess - 11h01, segunda-feira
vou te ensinar a pilotar do meu jeito, viu?
se não, não tem graça!
 

love is a losing gameOnde histórias criam vida. Descubra agora