Thomas tinha saído um pouco arrependido depois de perceber que tinha deixado Jessica falando sozinha horas mais cedo naquele dia, mas decidiu deixar ela em companhia um pouco com seus próprios pensamentos, queria tentar de alguma maneira tirar aquela mulher dos olhos escuros da cabeça, de certa forma agradeceu por ela não ter ido junto no jantar, nem na festa seguinte, porque seria incapaz de ficar longe dela, é uma tarefa árdua manter suas mãos longe de seu corpo, das suas curvas, da sua pele clara. Ele sabia que tinha entrado em uma área de risco descomunal quando começou a se envolver naquele jogo proibido com a Roberts, ela era alguém muito distante de uma realidade apalpável para ele, totalmente distante. Não seria alguém com ele se relacionaria no cotidiano, era claro que era improvável não manter os olhos nela em qualquer lugar em que ela estivesse, sua presença era notável até demais, e automaticamente todos os olhos se viravam pra ela quando ela entrava porta a dentro, seja o lugar que fosse. Eram diferentes demais um do outro, enquanto Tom estava se vendo completamente perdido naquele jogo com aquela mulher, se sentindo amedrontado pelo poder que ela exalava, não queria parecer um garoto acanhado demais para tomar uma decisão que fizesse-a perder a cabeça, num bom sentido, ele já havia estado com mulheres antes, de certa forma tinha sorte com elas, seu jeito de chegar de mansinho, com seu olhar inocente faziam as coisas parecerem mais fáceis quando ele estava interessado em alguém, mas com ela ele perdia totalmente o controle, queria avançar mas ao mesmo tempo não sabia de onde tiraria coragem o suficiente para desafiá-la.
Jessica era alguém que, aparentemente, qualquer um a acharia uma mulher espetacular. Seus cabelos castanho-escuro, desciam até um pouco abaixo de seus ombros, ondulados, possuía uma queda de leve para o preto, no escuro você poderia imaginar que era de outra cor, seus olhos, na mesma tonalidade, carregavam um ar de força e mistério, acredito que era a arma mais poderosa que ela tinha consigo. Ela poderia ganhar qualquer pessoa só com aquele olhar, e sabia disso, por isso aproveitava todas as cartas que tinha na manga. Ela já estava com os olhares, os desejos dos homens, da vontade que a maioria deles tinha de tê-la em sua cama, isso era algo que fazia parte do seu cotidiano, sempre tirando proveito da situação e trazendo homens diferentes pro seu quarto de hotel, nunca para sua casa, para saciar suas vontades carnais, e depois, se despedia sem muita cerimônia para mandá-los embora. Jessica sempre estava no controle de tudo a sua volta, ela fazia com que eles se sentissem como um brinquedo, e não dar o gosto de levá-la em pesamento como se fosse um troféu. Com Thomas todos esses sentimentos teriam sidos colocados em completa fora de ordem quando que por um súbito, ela resolveu se divertir com seu nervosismo no café que se encontraram meses atrás, desde aquele dia seus sentimentos desceram ladeira a baixo, e quando sabia que ele estava por perto, o controle tão completo sob si mesma que costumava ter, quase que desaparecia. Ao mesmo tempo que queria descobrir até onde isso iria, ela tinha medo das consequências que poderiam vir logo atrás dele.
Os eram definitivamente proibidos de se envolver fora do trabalho, isso estava proibido no contrato que Jessica assinou no dia em que se encontraram em seu escritório para fechar o acordo, caso fosse quebrado qualquer regra escrita naquele papel, ela teria que ressarcir quase que a dívida inteira que a Marvel tinha com ela, era uma forma de proteção e jogada de mestre para ganhar mais dinheiro, Tom acreditava. Mas por outro lado, eles precisavam ter uma relação boa, ela precisava de mais informações suas para poder ter mais noção do seu campo de trabalho com ele, ainda assim precisavam se manter distantes romanticamente, sexualmente, emocionalmente, o que pra ele, estava sendo impossível de cumprir, desde o dia em que viu ela atravessando a porta daquele estabelecimento, e agora, tendo ela por perto com mais frequência, as coisas ficavam ainda mais complicado para ele.
Tom pensava quase que o dia todo em alguma saída, mas nunca conseguia chegar em uma resposta definitiva. Sempre que pensava em alguma alternativa, alguma forma de tirar ela da cabeça, ele lembrava do seu corpo, do ar de mistério que ela exalava, da luxúria que envolviam os dois, dos jogos que faziam um com o outro, das provocações, tudo isso vinha á toa em sua mente, e por isso sempre falhava em tentar não se envolver.
Ela acessava, dentro dele, um lugar que ele achava que não poderia mais encontrar, que estava perdido, ela conseguia envolvê-lo na palma de sua mão de uma maneira que era impossível não querer compartilhar seus desejos mais secretos, com ela, Tom acreditava poderia ser quem ele quisesse, sem o julgamento e as expectativas que todas as outras pessoas depositavam sobre ele.
Ela tinha suas próprias táticas, com suas estratégias na ponta da língua e tudo que queria na palma de suas mãos, e tudo o que ele queria naquele momento era se afundar naquilo tudo, sentir ela perder o controle, tê-la nas suas mãos, fazer com que ela veja a si própria tendo a sorte no desejo, na paixão, mas azar no seu próprio jogo.
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love is a losing game
FanficExiste uma crença que está enraizada há muito tempo na sociedade é de que, quem tem sorte no jogo, tem azar no amor. Ou vice-versa. Em meio a segredos, desejos, luxúria, e jogos, Jessica Roberts e Tom Holland vivenciam esse ditado ao pé da letra, q...