Amigo do girafão

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Aquela noite foi confusa para Minhyun, mas o jantar terminou animado para os demais, exceto Minki, que chorou em seu quarto, até adormecer, ele não era tão sem sentimentos quanto aparentava, e no fundo, Minhyun sabia disso. Mang parecia não importar-se com o que o irmão pensava sobre seu pai, ela falou a noite toda, animada, sobre como seria sua vida com o mesmo.

Após o jantar daquela noite, Minhyun não teve contato com Minki durante a semana, já que o mesmo não saiu do quarto e Minhyun não entrou muito na mansão, a não ser que fosse para brincar com Mang, que fazia questão de usá-lo como cobaia para suas maquiagens. Ele divertia-se muito com aquilo, não tinha irmãos, era filho único, aquela sensação era boa.

Já fazia uma semana que estava no local e faltavam duas semanas para as aulas começarem, não havia visto Minki durante aquele tempo, e estranhamente ficou preocupado quando ouviu sua tia dizer que o mesmo não saía do quarto a três dias, desde quarta-feira, também não mantinha contato com ninguém, apenas respondia coisas rápidas, e comia o que Hany levava a ele no quarto.

Soomin havia dito que o gênio do filho era forte e que o mesmo era muito manhento, mas não sair do quarto por tanto tempo era demais no ponto de vista de Minhyun, será que ele não sentia-se bem? Estava magoado? Aqueles não eram sinais de depressão? Será que o mesmo estava com tal doença? Não, Minki não pode estar com depressão, deve ser manha, pensava Minhyun.

O rapaz estava conversando com sua tia na cozinha, quando Minki entrou na mesma, sem dizer nada, abriu a geladeira e olhou-a, depois a fechou e ficou parado, encarando a porta da mesma.

-Quer comer algo? - Perguntou Hany.

-Eu não sei. - Respondeu o loiro, suspirando. - Não sei o que quero comer, assim que olho para a comida perco a fome.

-Você precisa alimentar-se. - Disse Hany.

-Eu sei, mas eu não consigo comer. - Respondeu ele encarando o chão.

-Talvez você precise comer algo novo. - Disse Minhyun.

-Algo novo? - Minki o encarou.

-Sim, para abrir seu apetite, que tal? Posso te ajudar. - Propôs o jovem.

-Pode ser, mas não sei se vai adiantar.

-Tentarei o máximo. - Minhyun sorriu. - Concentre-se e diga-me, gostaria de comer algo salgado, doce, amargo?

-Hum...- Minki fechou os olhos. - Doce, gelado...

-Já sei! - Minhyun quase gritou.

-Não grite, seu idiota. - Repreendeu-o, Minki.

-Desculpe-me, eu aprendi a fazer uma sobremesa brasileira, sabe, Brasil, aquele país na América do Sul...

-Eu sei, estudei geografia, vá direto ao ponto.

-Posso fazê-la para ti, é gelada. - Minhyun disse, animado.

-Hany, é seguro? Ele sabe cozinhar? - Perguntou Minki.

-É seguro. - Riu Hany. - Minhyun, faça o seguinte, prepare a sobremesa para o jantar, assim todos comerão.

-Mas eu não quero aparecer no jantar. - Suspirou Minki.

-Eu posso levar para você. - Minhyun propôs.

-Então tudo bem, posso observar enquanto você prepara? - Perguntou Minki, sentando-se na bancada. - Se colocar algo estranho, eu nem como.

-Certo. - Minhyun riu, não colocaria veneno na comida do jovem. - Alguma loja de conveniências por aqui vende produtos brasileiros? 

-Não que eu saiba. - Disse Hany.

O Destino - Em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora