Aluno Novo

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Minki acordou olhando ao redor, sem lembrar-se de muita coisa, estava em sua cama, coberto e as cortinas do quarto fechadas, sua mão estava dolorida, porém enfaixada.

-Que bom que acordou. - Disse Hanny entrando no local, com uma bandeija de comida em mãos.

-O que houve? - Perguntou o loiro.

-Seu pai te esculachou e você quis ficar sozinho, estava demorando para descer, Minhyun pegou a chave reserva e venho ver como você estava. Te encontrou caído no chão, com a mão machucada e o espelho todo quebrado.

-Ah... - Sussurou o jovem, lembrando-se do ocorrido. - Onde estão os meninos?

-Foram para casa, Min está dormindo, já é noite. Você deve comer, não se alimentou o dia todo.

-Obrigado, vou comer tudinho. Pode ir fazer suas obrigações, já deve estar tarde, obrigado por cuidar de mim. - O loiro sorriu minimamente e começou a comer.

-Espero que coma mesmo, sua mãe vem te ver pela manhã. - Hanny se retirou.

Minki comeu lentamente, não costumava comer muito, mas a fome estava grande, pois não comera nada o dia todo. Por ter dormido muito, o jovem estava sem sono, levantou cuidadosamente da cama e pegou seu violão.

-Hm, vamos lá. - Sentou-se em uma cadeira e começou a tocar suavemente a melodia da música Million Reasons, da Lady Gaga.

Começou a cantar após um tempo, deixando todo seu talento para música a mostra. Sabia manter sua voz no tom certo da música, um talento escondido em meio as mágoas, a dor, por trás daqueles olhos brilhantes.

Minhyun abriu lentamente a porta e avistou o jovem cantando e tocando, olhando para a janela e dedicando toda sua alma naquela melodia, sentiu-se impressionado, mas não queria que o loiro o visse e parasse de tocar.

Então entrou, fechando a porta e ficou parado, em silêncio, apenas ouvindo a bela voz do rapaz, sentia vontade de cantar com o mesmo, mas a vergonha não deixava, também não queria assustar seu amigo.

Quando o mais novo terminou, guardou o violão e virou-se para o lado em que Min estava, levando um susto e dando um pequeno grito.

-Sou feio, mas nem tanto. - O Hwang sorriu.

-Você me assustou, o que faz aqui? Sua tia disse que estava dormindo. - Disse Ren.

-Perdi o sono, vim ver como estava, parece melhor. - O jovem aproximou-se do loiro e colocou a mão em sua testa. - Alimentou-se?

-Sim. - O loiro ficou tímido e afastou-se um pouco. - Amanhã tem aula, deve dormir.

-Você também, mesmo que tenha dormido muito. - O mais velho evitou perguntar o que havia acontecido com ele, lembra-se do desespero ao ver o loiro caído no chão, com a mão machucada e o espelho despedaçado.

-Estive pensando. - Minki colocou o violão no lugar. - Meu pai deve ter achado que somos namorados.

-Você é gay?

-O-oi? O que? Am? - O loiro parecia tímido e assustado com a pergunta repentina.

-Desculpa. - Pediu Min. - É que...você parece gay.

-Só por que eu sou afeminado? Pois fique sabendo que muitos homens afeminados não são gays!

-Eu sei, mas o modo como seu pai te tratou, parecia um pai homofóbico, então suponho que seja gay e ele saiba disso, por isso o trata assim. - O Hwang explicou.

Minki ficou pensativo por algum tempo, olhava fixamente para o jovem a sua frente. Logo soltou um suspiro.

-Eu sou gay, mas não conte a ninguém, você sabe, as paredes tem ouvido e algumas tem dez pedras na mão, para atirar nos outros. - Disse sério.

O Destino - Em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora