Capítulo 05

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Viram, não sou tão ruim, postei hj como havia prometido haha

Boa Leitura!

Brendon


Não sei bem ao certo como tirei coragem para isso, entretanto meu corpo estava no automático, tocando e reconhecendo cada detalhe. Era como se tudo fosse certo e já passado por isso várias vezes.

De suas mãos, as minhas passearam lentamente por seu braço, ombro, pescoço e por fim no maxilar. Eu tinha uma admiração tão grande por essa parte especifica dele. Passei o polegar ali por alguns instantes, mas não me demorei indo direto para abaixo de seus olhos, acariciando. Não houve nenhuma objeção de sua parte, nenhuma expressão de repulsa ou de que estava incomodado.

Céus... ele também queria aquilo.

Minhas mãos seguraram seu rosto mais firmemente em formato de concha me inclinando cada vez mais sentindo sua respiração pesada gradativamente com a minha. Passei meu nariz com o seu, eu estava tão inebriado com o momento que não me aguentei mais e o beijei.

Foi apenas um roçar de lábios no começo, apenas me certificando de que ele queria também, quando sua boca se entreabriu me dando passagem com a língua eu soube que tinha sua aceitação então não perdi mais tempo e aprofundei o beijo.

Tive que conter o gemido de satisfação que ia escapando. A sensação que percorria meu corpo naquele momento era incrível, como se uma onda enorme estivesse passando por mim. Tão boa, que mesmo tendo esperado tanto por isso não poderia estragar com minha afobação. Me surpreendi quando em vez de mim foi ele quem juntou nossos corpos me puxando pela cintura. Abri meus olhos por um momento e quase me derreti com a visão de seus olhos cerrados e com a expressão de que estava gostando tanto quanto eu, volto a fechá-los.

Depois de quase sem ar, nos separamos para conseguirmos recuperá-lo. Nossas respirações ofegantes, os lábios levemente molhados, seus olhos baixos e meu rosto ainda praticamente colado ao seu. Estávamos ajoelhados no chão, minhas mãos em seus cabelos que serpentearam para lá em algum momento e noto o aperto firme em minha cintura.

Eu queria tanto isso.

Parecia uma visão inventada pela minha mente. Nos distanciamos mais desta vez, não encontro seu olhar, mas a visão de seu rosto corado era muito melhor.

Sorrio, lembrando do conselho agora um pouco tarde demais de Eden.
Seus olhos me encontraram e porra, retiro o pensamento anterior, eu nunca conseguiria encontrar uma visão melhor do que os olhos pretos me fitando. Meu coração estava tão acelerado que torcia para ele não escutar.

Por favor, que eu não esteja parecendo um idiota apaixonado.

Não consigo mais olhá-lo e simplesmente ficar parado. Um arrepio percorre meu corpo quando me aproximo mais dele e sinto seu aperto se tornando cada vez mais forte em volta do meu corpo. Dessa vez colo nossas bocas com mais agressividade assim como sou puxado totalmente para seu peito nos fazendo deitar no chão comigo por cima, apoiando meu peso com um braço. Seus lábios tinha um gosto tão doce, sua pele macia me chamava, seus olhos me inebriavam de um jeito tão incoerente para mim quando nos separávamos brevemente para a recuperação do ar, que ao menos tentar explicar é quase impossível. Reprimo o primeiro gemido com o enlaço de seu abraço por mim todo, mas o segundo é inevitável quando mais força é colocada.

Em contrapartida, escuto um leve som saindo de sua parte quando puxo seu cabelo antes de o abraçar pelo pescoço.

Droga, eu estava tão faminto por ele.
Sua boca era tão gostosa, o beijo tão bom que toda vez que sua língua encontrava com a minha tinha que segurar o tremor do meu corpo. Estava ciente que nem sempre conseguia.
Os beijos cessam para que possamos respirar novamente.

Maldito oxigênio.

Abro os olhos tendo a visão de sua boca vermelha entreaberta puxando o ar, seus olhos ainda se mantinham fechados com os cabelos lisos fora de seu rosto, me dando a imagem da perfeição.

A mão esquerda cheia de anéis vai para meu rosto fazendo uma leve carícia. Suspiro afetado ficando todo mole e estômago indo a loucuras. Encosto nossas testas e narizes, deixando um leve selar em seus lábios.

É tão surreal pensar que em questões de minutos estávamos estudando e agora estamos aqui, deitados e me controlando arduamente para não prosseguir com algo a mais.

Castiel me olha e me afasto lentamente para perceber um leve e pequeno sorriso, quase imperceptível. Vou me levantando devagar com seu olhar ainda muito atento em mim e como um imã seu corpo me acompanha, ficando sentado.

Quando ia abrir a boca para falar algo, me assusto com a porta sendo destrancada e Castiel se solta de mim em um impulso, nos separando completamente ficando um tanto desgostoso. Logo depois escuto a voz de meu irmão cortar o clima por completo.

— Brendon, você não sabe a merda que aconteceu. O pai e a mãe vão ficar mais uma semana fora, cara, imagina, uma maldita semana! Agora me diz, como é que vou conseguir sobreviver sem... — Ele para de tagarelar quando se vira e nos encontra sentados.

Eu queria matá-lo, esquartejá-lo e o jogar em uma cova qualquer.

E ele sabe disso, pois alternava o olhar arregalado de mim para Castiel. Pede um "desculpas" mudo pela boca. Abaixo a cabeça frustrado espalmando minha mão na testa.

— É... Foi mal gente... — Brian diz atrapalhado.

— Tudo bem — Castiel diz, me fazendo o olhar arrumando suas coisas na mochila — Eu já estava indo mesmo — Se levanta e pega sua jaqueta no sofá.

— Eu te levo até... — Pigarreio.

— Não precisa — Sua voz grave me faz parar. Ele não me olha, mas sua cabeça estava abaixada em minha direção — Eu consigo voltar sozinho — Me levanto com um incômodo em meu peito. Tento registrar o mais rápido possível a mudança drástica de momento.

— E o trabalho?

— Faremos outro dia — Pega a mochila e vai em direção a porta se despedindo de meu irmão com um aceno e sai. Olho para o infeliz à minha frente.

— Porra Brian, assim você me fode, cara! — Esbravejo.

— Foi mal, achei que ele já tinha ido.

— Achou errado — Bufo, me jogando no sofá. Fecho os olhos. Depois de um breve silencio sinto a ponta onde estava minhas pernas sendo afundada.

— Mas eaí, o que aconteceu entre vocês? — Pergunta manso. Abro os olhos o encarando na outra ponta do sofá. Sorrio, lembrando da cena. Ele sorrir junto — Pelo visto foi algo bom — Me joga uma almofada, seguro abraçando-a logo depois.

— Eu o beijei — Digo, quase soltando arco-íris pela boca.

Merda, eu estava tão ferrado.

— Sério? E como foi?

— Ah cara, foi perfeito e ele me beijou de volta, ele beija tão bem!

— Finalmente, depois de tanto tempo gostando dele, tomou uma atitude — Suspira — E depois? — Olho para ele bravo.

— Que depois, Brian? Está falando do depois na hora que você chegou? Não teve um depois — Só de lembrar queria bater nele.

— Bem... — Desconversa — Agora temos a certeza de que ele não é hétero — Concordo — E que a parte de ir com calma foi deletada com sucesso — Brinca.

Mas fico pensativo. E se eu tivesse ido com pressa demais e ele nunca mais falar comigo?

Entretanto, ele também queria, eu senti isso, eu vi, ou eu estava certo, ou minha mente estava brincando comigo. De qualquer forma o beijo aconteceu e eu não iria me fazer de desentendido na manhã seguinte. Se ele não quisesse mais falar comigo, eu iria.

#BoaNoite^^

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