Boa Leitura!
Castiel
— Porra, você não disse que não sabia jogar!?
Connor exclama indignado, quando foi a minha vez de colocar as cartas na mesa redonda em um perfeito Royal Flush, pela terceira vez na noite. Sorrio fechado, pegando o dinheiro, enquanto os outros caras faziam uma mistura de risos e indignação.
— Blefe. — Dou de ombros. Escuto a risada alta de Brendon ao meu lado.
— Brendon! — Eric exclama.
— O que, eu também fui tão enganado quanto vocês. — Dá um gole na cerveja.
— Mas você é rico, porra. — Todos riem com a cara emburrada do avermelhado. Franzo o cenho.
Ele não era?
Quer dizer, o cara pilota uma Harley.
— Cala a boca. — Nega com a cabeça, ainda rindo.
— Tanto faz. — Eric, se levanta, pega sua jaqueta a colocando. Encobrindo o braço esquerdo cheio de tatuagens. — Vamos para o clube. Ao menos quero perder dinheiro, me divertindo.
Os acompanho.
— Você foi incrível, anjo. — Brendon diz, divertido. Estávamos apenas nós dois dentro do carro. Sorrio mínimo. — Porque não disse que sabia jogar?
— Eu jogava sempre que podia, com o meu pai, mas parei depois que me mudei, há uns anos. — Ele assente. Agradeço por não dizer mais nada, durante todo o caminho.
Estávamos em um tipo de clube underground, onde qualquer tipo de pessoas se encontravam. As músicas eram boas, o ambiente escuro e a bebida melhor ainda. No centro havia um tipo de ringue, onde aparentemente lutadores batiam um no outro por dinheiro.
O local era grande, com dois andares, o segundo onde nos encontrávamos agora, havia seguranças por todo o lado se misturando na escuridão. Em baixo, as pessoas dançavam parecendo não se importar com o que viesse a acontecer depois. Por mais estranho – e um pouco assustador -, que pudesse parecer, era bonito, sofisticado.
Suspiro, olhando para Brendon, sentado em uma mesa perto do bar à onde eu estava, que sorria amplamente. Seus olhos transmitiam o quanto estava feliz e eu gostava disso, gostava de ver o brilho que ali ficava. Seus cabelos escuros jogados para cima, as três pintinhas sequenciais em seu pescoço – diferentemente de seu irmão, que era na bochecha, porém quem não prestasse muita atenção nem perceberia -, me fazia querer afundar meus lábios ali e não sair mais, as duas presas entre os dentes deixava seu sorriso mais lindo, enquanto falava.
Ele conversava empolgado com Connor e Eric - como Eden e Brian sumiram entre as outras pessoas -; nunca poderia imaginar que ele gostasse desse tipo de local, e eles pareciam tão familiarizados que era até surpreendente. Quando passamos por lugares escuros e estranhos para chegar, eu havia ficado um tanto atordoado, mas com um aperto de mão e um “tá tudo bem” seguido de um beijo discreto no pescoço, eu sabia que realmente estava.
Abaixo a cabeça sabendo que um sorriso involuntário havia aparecido. Um leve empurrão nos ombros me faz olhar Ariel sentado ao meu lado. Ele se aproxima e me afasto mínimo, me fazendo olhar para Brendon ser um ato mecânico. Quando percebo, mudo minha postura, me inclinando mais para perto.
— Vocês ficam bonitos, juntos. — Diz próximo ao meu ouvido, somente assim para eu conseguir escutar. Ao entender suas palavras, me afasto um tanto constrangido. Assinto.
— Ele disse algo sobre... Nós? — Ariel sorrir, me observando. Inclino a cabeça para tentar entender o motivo.
— Não precisou. — Bebe um gole de sua bebida.
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O Verdadeiro Eu || CONCLUÍDA
Romance🏆Vencedor do GRAMMY BOOKS AWARDS do projeto EAL nas categorias: 🏅Melhor Personagem LGBT 🏅Melhor Amizade Castiel Parker é um cara misterioso, reservado, postura de badboy e a fama de um. Era improvável passar pelos corredores da famosa e prestig...