Capítulo 29

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Boa Leitura!


Brendon


Meu coração estava apertado, e eu gostaria tanto de poder dizer que ele nunca precisaria se preocupar comigo sobre esses tipos de coisas.
E pensar que desde que coloquei meus olhos nele, ele carregava algo tão grande consigo. Eu sabia que ainda tinha muito mais o que decifrar daquele olhar vago, que sempre observava. Mas tão quente, quando me encontrava.

Ele ficou quieto, esperando alguma reação minha. Não conseguia formular uma frase no momento, depois de tudo que ouvi. Eu estava com tanta raiva e ao mesmo tempo tão triste, sentia tanta dor por saber que ele havia passado por tantas coisas como essas. Meu coração doía só de imaginar alguém o machucando.

Todas as vezes que ele ficava diferente na frente de outras pessoas. Os pedidos de desculpas sem ter causado algo para se desculpar. O porquê dele sempre preferir estar sozinho e nunca se importar tanto para o que diziam sobre ele. As vezes em que não conversava tanto com meus amigos, não era por ele ser antipático ou por estar encenando uma “pose de badboy” como muitos gostavam de chamar. Até eu. Era porque ele realmente não se sentia confortável. Não se importava com que falavam, porque tinha coisas demais para se preocupar do que com isso. Castiel já havia passado por coisas demais para saber quando as outras não importavam tanto.

Vejo um sorriso em seus lábios, quando sua mão tocou meu rosto fazendo um carinho, para tirar as lágrimas que eu nem havia percebido que as tinha derramado.

Eu o amava tanto que nunca poderia machucá-lo de nenhuma forma sequer, e nunca mais deixaria que alguém fizesse isso com ele novamente, não se eu pudesse impedir. Ele é tão precioso para mim, que não me imagino mais sem seus carinhos, seus sorrisos e sua presença em minha vida. Só esse tempo sem ele me fez quase morrer por dentro.

Beijo sua mão novamente.

— Você é tão forte por ter passado por tudo isso e ainda assim estar aqui, comigo. Você não sabe o tamanho da admiração que tenho por você. — Digo olhando firme em seus olhos. Vejo a primeira lágrima cair deles, e depois a segunda e assim por diante, Castiel abaixa a cabeça em um choro compulsivo. Passo minha mão livre em seu rosto, o acariciando um pouco desesperado. Ele sorrir.

Porra, ele realmente sorrir.

Sua risada entre as lágrimas era tão pura, tão emocionante que choro junto a ele, rindo. Pela primeira vez eu o vejo sorrir de verdade, sorrir mesmo, sem nenhum semblante triste ou contido, como antes. 

— Eu te amo tanto, Castiel. — Confesso. Ele me encara, com seus olhos negros brilhantes. — Eu te amo tanto, que nunca faria algo assim com você e nunca farei. — Afirmo. Caso ele precisasse de alguma confirmação sobre isso. E não me importaria de confirmar a ele pelo resto de minha vida. — Você é tão perfeitinho assim, do jeito que você é meu anjo, tão perfeito para mim.

— Obrigado.

— Por que está me agradecendo, anjo?

— Por ser assim, como você é. Por me aceitar do jeito que eu sou, sem querer me mudar.

— Não é nenhum sacrifício fazer isso meu amor, eu faria qualquer coisa por você. Me apaixonei por você assim e eu te amo assim. — Era difícil não dizer o quanto o amava, depois de ter feito uma vez.

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