Capítulo 10

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Boa Leitura!

Brendon

Abro os olhos lentamente procurando o toque estridente do celular que me fez acordar. Escuto o resmungo de Castiel, enquanto se mexia, mudando de posição na cama. Sorrio abobalhado, observando suas costas bem desenhadas, a bochecha pressionada no colchão, fazendo um leve bico se sobressair dos lábios, o cabelo tapando seus olhos. Volto minha atenção para o barulho, agarrando o aparelho que estava jogado ao chão.

— Alô?

— A onde você está? — Escuto a voz de Brian na outra linha e olho para a janela vendo que a noite logo cairia.

— Eu já estou indo.

— Okay.

Brian desliga e me espreguiço retirando a moleza de meu corpo. Suspiro. Até agora foi tudo perfeito e ainda não acredito que Castiel não tenha me posto para fora a pontas pés.

Procuro a carteira e chaves colocando no bolso, vou até a cozinha revirando-a atrás de algo para ele comer, já que havíamos pulado o almoço há horas. Levo um susto quando encontro o anjo em forma de gente na porta me observando com os olhos semiabertos e cabelos bagunçados. Seu semblante era confuso e fofo ao mesmo tempo, na verdade, ele era fofo. Passo meus olhos em sua calça de moletom cinza e blusa preta querendo tira-los. Algo eu tinha certeza, ele amava cores escuras e a maioria de suas roupas eram em tons assim o que eu não reclamaria nunca, ele ficava lindo de preto

— O que está fazendo? — Questiona com sua voz rouca se sentando na cadeira em frente à ilha de mármore.

— Desculpa, eu estava procurando algo para comer — Volto para o que estava fazendo não o deixando ver meu rosto, que com toda certeza havia corado.

É claro que eu gostava dele e queria que percebesse isso, mas as vezes me surpreendo com o quão cadelinha dele eu posso ser. Pego o cereal, leite e vou atrás dos recipientes o colocando tudo em sua frente em silêncio. Sorrio mínimo quando ele pega a colher desajeitadamente murmurando um “obrigado” e comendo.

— Quem deveria estar fazendo isso sou eu, já que a casa é minha.

— Não tem importância — Dou de ombros. E não tinha mesmo, eu gostava de cuidar dele. Não era algo forçado, na verdade, era algo espontâneo até demais. Ele me observa.

— Você não vai comer?

— Não. Desculpa não poder fazer algo melhor, mas eu tenho que ir — Digo pegando meu celular, pedindo um Uber. Ele assente. O vejo comer em silêncio, mas não era algo constrangedor ou ruim, era confortável. Meu celular vibra com a mensagem do motorista — Meu Uber chegou — Castiel se levanta indo comigo até a porta, a abrindo — Te vejo amanhã?

— Claro.

Sorrio, deixando um beijo em seu pescoço, assim que me afasto, sinto seu braço agarrando minha cintura, puxando em abraço, ainda segurando a porta com a outra mão. Ele tomba a cabeça para o lado, me olhando brevemente, antes de enfiar seu rosto em meu pescoço, roçando a ponta do nariz, ali. Foi tudo tão rápido que traguei uma respiração, quase me engasgando.

— Você tem sinais adoráveis por todo seu corpo — Diz rouco, deixando uma mordida em seguida de um beijo molhado em uma das pequenas pintas que havia, me deixando sensível. Fecho os olhos, sorrindo um pouco constrangido.

Saio do aperto confortável, puxando seu rosto e deixando um beijo em seus lábios.

— Até amanhã, anjo — Sussurro, indo direto para o carro.

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