Oi oi gente! Olha eu aqui de novo, avisando que adoro um "clichê" haha
Boa Leitura!
Brendon
— Aqui... para aqui, Brian! — Quase grito para que meu irmão pudesse parar o carro. Ele bufa o fazendo.
— Caralho, vai logo, se não vou chegar atrasado.
— Atrasado para onde?
— Para faculdade.
— Como assim, cara, ainda tem meia hora antes da aula começar e daqui até lá é dez minutos, deixa de ser babaca.
— Vai logo comprar seu doce, viciado. E rápido!
— Ah, quer saber... — Saio do carro com raiva — Vai logo, eu vou sozinho — Fecho a porta e sigo andando para dentro da conveniência. O escuto indo embora — Cara chato, nem parece meu irmão — Resmungo.
Vou até a prateleira onde fica o meu pequeno vicio pegando dois pacotes vermelho do doce em tiras e caminho até o caixa o pagando. Quando saio da loja, procuro meu fone no bolso o encontrando, desenrolo conectando no celular, quando estava prestes a coloca-los em meus ouvidos, escuto um estrondo alto vindo de alguma parte desconhecida.
Mas o que...
— Que porra você pensa que está fazendo!?
Escuto uma voz grave dizer um pouco distante. Tentei ignorar, mas a merda da minha curiosidade não deu ouvidos ao lado sensato do meu cérebro. Vou andando até chegar na parte de trás da loja.
Vazio.
— Eu já falei para você nunca mais encostar a merda dessas suas mãos nojentas em mim!
A voz grave parecia muito mais alta e raivosa agora.
Essa voz me soa um tanto familiar.
Ao que minha curiosidade ia aumentando, meus passos também um pouco mais cautelosos. Passo pela lateral do lugar, me deparando com um cara loiro e alto, imprensando outro na parede com brutalidade tampando minha visão de seu rosto. Pareciam que estavam brigando, mas agora estavam calados diferente de segundos atrás enquanto o outro tentava se soltar. Quando mudo de posição para poder identificá-lo, fico surpreso que meus olhos caem sobre ele.
Sua feição não parecia nem um pouco amistosa, na verdade, seu rosto estava vermelho, os olhos pareciam entrar em chamas, o maxilar estava tão travado que poderia trincar a qualquer momento. Suas mãos grandes estavam no colarinho do cara, em formato de punho já que estava sendo impedido pelos ombros.
Eu queria ignorar, queria mesmo, odiava entrar em brigas. Mas era ele.
Como eu poderia apenas ver aquilo e ficar parado!?— Seu filho da puta, desgraçado! — O loiro recebe os xingamentos em consequência de ter sussurrado algo que não consegui escutar. Meu sangue ferveu naquele instante.
— O que está acontecendo aqui? — Pergunto, recebendo o olhar dos dois que só agora notaram minha presença.
O loiro me analisa de cima a baixo com cara de deboche. Guardo meu celular no bolso.
— Nada que seja da sua conta — Ele diz ríspido, mas sem soltá-lo. Respiro fundo demonstrando tédio.
— Eu não perguntei para você — Digo no mesmo tom — E sim para ele — O loiro solta uma risada anasalada desviando sua atenção de mim — Está tudo bem, Castiel!?
Castiel me encara por pouco tempo, não desvio meu olhar, ele se volta para o cara que o solta. Assente sem dizer nada. Mas ao contrário dele o loiro vem em minha direção. O encaro. Noto que sou uns cinco centímetros menor que ele e um pouco mais magro também já que o cara parecia passar boas horas se exercitando e comendo, mesmo assim não me intimidava.
— E o que você tem a ver com isso, hum? — Se aproxima. Ele era bonito, mas seu jeito e feições o tornava podre.
— Nada que seja da sua conta — Devolvo, passando a ponta da língua por dentro de minha bochecha. Ajeito minha postura e estreito os olhos ficando mais ereto e alerta por cada movimento seu.
Seu ombro é puxado para trás por Castiel, que o encarava sério.
— Dá o fora daqui, Jackson — Ordena, com a voz raivosa.
O tal Jackson, pareceu escutá-lo depois de ficarem se encarando por um bom tempo e saiu dali, não sem antes de me enviar um olhar duro, não desvio meus olhos dele até não conseguir mais ver suas costas quando dobra uma esquina. Volto minha atenção para Castiel segurando sua mochila nos ombros, me observando.
Tenho certeza que meu olhar e minha expressão se suavizaram na mesma hora.
Porra, era só olhar para ele que minha alma parecia se esvair de meu corpo.
Só agora me dou conta de que nunca havíamos nos apresentados ou conversado até esse momento. Mesmo estando na mesma turma de departamento de projeto duas vezes na semana há pouco mais de três meses.
— Você está bem? — Pergunto. Ele me olha por um tempo antes de me responder.
— Sim.
— Quem... era ele? — Talvez eu esteja sendo presunçoso demais em pensar que ele vá responder a isso. Castiel desvia o olhar dando de ombros.
— Um babaca, idiota. Ninguém importante.
Resolvo deixar por isso mesmo, claramente não tinha intimidade o suficiente para saber de sua vida. Mesmo que eu quisesse.
E porra... como eu queria.— Brendon — Mudo de assunto me apresentando. Estendo minha mão direita para que ele apertasse que a encara por alguns segundos depois a apertando.
Sentir seus dedos frios em contato com minha pele era uma sensação ótima, finalmente estava conseguindo me aproximar.
— Castiel — Ele sorrir de lado e abaixa os olhos — Mas você já sabe — Foi a minha vez de sorrir soprado.
Soltamos nossas mãos e caminhamos até a universidade. Juntos. Não me incomodando nem um pouco de ele ser mais alto que eu, talvez da mesma altura que o loiro de antes. Lembro do doce e abro minha mochila o pegando. Rasgo a embalagem enfiando um em minha boca.
Era tão bom!
— Quer um? — Estendo o pacote para ele que sorrir pequeno aceitando.
Castiel era tão lindo quando sorria, mesmo que não fosse um sorriso enorme e sim um mais contido, um que mal parecia ter estado ali segundos depois. Mas era um passo – já que apenas tinha visto expressões sérias em seu rosto -, um passo gigantesco comparado que nunca tínhamos conversado, até alguns minutos atrás.
Andamos em silêncio, infelizmente por um curto caminho#BoaNoite^^
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Verdadeiro Eu || CONCLUÍDA
Romance🏆Vencedor do GRAMMY BOOKS AWARDS do projeto EAL nas categorias: 🏅Melhor Personagem LGBT 🏅Melhor Amizade Castiel Parker é um cara misterioso, reservado, postura de badboy e a fama de um. Era improvável passar pelos corredores da famosa e prestig...