Eu corro, corro até meus pés descalços resolverem falhar e me fazer cair. Meu rosto ao se chocar contra o chão, faz com que uma dor horrível atinga meu nariz. Com um pouco de dificuldade, me levanto e começo a correr novamente. As ruas estão completamente escuras, mas isso não me impede. Enquanto lágrimas exageradas escorrem pelo meu rosto, tento me manter sóbria para não me deixar cair novamente.
Ao longo do caminho, vou percebendo que ao passar correndo, alguns usuários de droga começam a me olhar preocupados, alguns gritam perguntando se estou bem, mas simplesmente não os respondo. Eles não sabem que estou fugindo de mim mesma, e mau eles sabem o que estou procurando. A vida se tornou difícil, e tenho certeza que se não aproveitar agora nunca vou sair daqui. A minha ideia de vida feliz nunca vai existir, mas eu posso fazer algo para mudar, e é isso que estou fazendo. Quando mais corro, parece que o lugar que sempre me fez refletir sobre minha existência, esteja se distanciando. A chuva começa a cair, e sempre ouvi dizer que quando chovia, era porque Deus estava triste. Meus cabelos pretos começam a atrapalhar minha visão, quando os mesmos começam a se espalhar pelo meu rosto. As lágrimas se misturam com a chuva, e já não consigo decifrar se estou chorando. Quando finalmente há visto meu paraíso particular, corro o mais depressa possível para chegar nele. Sinto meus pés já começarem a entrar na carne viva, mas dor nesse momento não me importa. Assim que chego a velha ponte de madeira, onde se tornou devidamente perigosa a alguns meses atrás, fazendo com que assim as pessoas não venham aqui com medo de alguma madeira podre se soltar, e acabarem caindo no riu que devido a chuva a correnteza fica completamente forte, me encosto em uma das cordas e tento manter o equilíbrio para não cair, não agora pelo menos. Olho para água que reflete a lua nela, e choro, choro como se não houvesse amanhã, e para mim com certeza não vai haver. O vento faz com que a ponte se mecha rapidamente, me fazendo cair sentada em uma das madeiras podres. Fecho os olhos imaginando um lugar melhor no momento que me levanto. Olho para a água novamente, e sorriu com minhas alucinações. A ideia é que quando eu pule, tudo isso acabe, toda dor, todo sofrimento. Eu tentei ser forte, tentei enfrentar mais simplesmente não deu. A vida nos prega peças, e em momentos você esta bem, e outros esta tentando suicídio. Subo com dificuldade nas cordas, e me dou o ultimo adeus. É agora, não ha nada que me impeça de ser feliz, ou de fugir de mim mesma. Uma voz grita no fundo da minha mente para que eu não faça isso, mas é tarde de mais. A água gelada rasga minha pela, mas não tento nadar, não tento salvar a mim mesma. O ar falta, e eu tento não entrar em desespero quando a água doce invade minha garganta. E como se em um passe de mágica, a vida se tornou mais fácil, a paz chegou, e eu não sinto mais nada.
A paz durou apenas uns segundos, sinto minha garganta seca apesar de ter engolido toda água do riu. Olho ao redor, e vejo que estou na beira do riu. Deixo que meu corpo relaxe no chão, e suspiro frustada quando vejo que de fato não estou morta.
-A princesa do Styles acordou? Já estava começando a pensar que você estava morta.
-Liam?- Pergunto assustada.
-Sim amorzinho.
Me levanto rápido fazendo meu corpo todo doer. Ele esta com a roupa de quando ainda estávamos na minha antiga casa. Seus olhos estão terrivelmente negros, sua roupa esta encharcada e seus dentes estão batendo devido ao frio.
-O que esta fazendo aqui?- Pergunto mantendo uma boa distância entre nós.
-Sabe, eu estava andando, e acabei vendo uma maluca suicida tentando pular da ponte.-Ele fala rindo.- Mas quando me aproximei, tive a maior surpresa da minha vida. A vadia do Styles estava tentando se matar.
-Eu n-não sou v-vadia de ninguém.- Falo com a voz trêmula.
-Isso não importa agora, vamos.- Ele diz agarrando meu braço com força. Tento me livrar do seu aperto, mas não consigo.
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Fucking Perfect I & II Temporada
Подростковая литератураAs vezes tenho vontade de acabar com tudo ... A vontade, e a Coragem não me falta..Mas ele nâo deixa.