CAPITULO 2

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Babá está acostumada com meninas pequenas. Em seus trinta anos de carreira, vira a maioria dos tipos imagináveis de crianças: as que gritavam e cuspiam, as que se contorciam e esperneavam para fazer tudo, até as que brigavam e mentiam. No entanto jennie era um pouco diferente. Mostrava se cuidadosa e inteligente. Isso incomodava babá. A chave para domar a menina, decidiu, seria manter-se constantemente vigilante.
Entretanto, jennie não tinha nenhuma intenção de ser domada, não importa o quanto babá tentasse. Ela podia amarra-la numa cadeira e se recusar a solta la até que tivesse comido todo o jantar, e jennie sempre conseguia se libertar. Ela podia ameaça la com monstros debaixo de sua cama, e ela sempre ficava decepcionada quando os bichos não apareciam. Ela podia dar uma dose de óleo de fígado de bacalhau para a menina, só para descobrir que jennie havia devolvido o favor colocando o mesmo óleo na xícara de chocolate da babá.

À medida que as semanas passava jennie foi ficando cansada das tentativas falhas de babá. Um dia, enquanto a mulher estava fora, ela entrou no quarto de babá nas pontas dos pés.
Estava à procura de pistas- pistas que provaria que seus pais não podiam confiar na mulher para cuidar de uma jovem gênia impressionável. No entanto, quando começou a abrir as gavetas da cômoda, teve a certeza que não encontraria prova de nenhum delito. A princípio, só havia chapéus de penas de corvo em vários estágios de decrepitude e pacotes de caramelo salgados, todos pela metade.
Quando seus dedos apalparam os cantos da última gaveta, ela descobriu que um fundo falso havia sido acrescentado a cômoda. Erguendo cuidadosamente a tampa de madeira, encontrou arames e massa para calefetar, um despertador, um sabre enferrujado e uma garrafa de vidro Verde decorada com uma caveira e Cruz de ossos.

- faça com os outros antes que possam fazer com você - disse uma voz.

Jennie se virou-se e viu babá parada. Ela tirou a tampa de madeira das mãos da menina e recolocou -a com cuidado no fundo da gaveta, cobrindo o valioso tesouro das "coisas escondidas de babá".
Jennie sorriu. De repente, a vida havia se tornado interessante.

-nosso segredinho- pediu babá, e jennie jurou de pés juntos Guarda-lo.

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Alguma coisa havia mudado. Parecia que babá passará a sentir respeito relutante por jennie e jennie o mesmo pela babá.

-sou leal as famílias pra quem trabalho jennie - disse ela.
-as pessoas que me tratam bem tem toda a minha bondade. Eu machucaria ou mataria pela minha família, se precisasse.
-e já precisou - perguntou jennie, queimando de curiosidade.

-isso é assunto meu- respondeu babá, batendo na lateral do nariz com o indicador gordinho - vamos simplesmente dizer que algumas pessoas foram Para em seus túmulos mais cedo do que pretendia a natureza.

À medida que o tempo passava, babá começava a gostar mais de jennie. Ela podia ser uma garota carinhosa e atenciosa e as vezes, lia para ela cálculos matemáticos de seu livro de Álgebra, pois acreditava que a mulher os achava divertidos.

The Schwartzgarten killer  ( HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora