Dono de um sorriso torto que deixa qualquer uma de pernas bambas, um físico de tirar o fôlego e olhos penetrantes, Caleb Hughes é tido como o famoso garoto problema.
Por trás de todas as suas particularidades atraentes, no entanto, Caleb esconde to...
"Há uma força misteriosa Ela afunda sua garras em mim E me puxa para mais perto de você" — Cupid, Alexandra Savior.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Não.
Bryan bufa, acompanhando-me com os olhos enquanto eu nos sirvo duas xícaras de café.
— Nós precisamos ir, Caleb — ele gargareja, batendo as mãos no mármore da bancada como uma criança. — Pense nas calouras e, melhor ainda, na bebida de graça.
Todo ano, e em plena segunda-feira, uma das diversas fraternidades da Sanriver é escolhida para dar uma festa de volta às aulas. Todos são convidados, desde os veteranos até os novatos. Ninguém liga para o fato de ser o início de uma semana letiva, enchendo a cara e matando aula no dia seguinte justamente por conta de uma festa que celebra as aulas. É uma puta ironia e uma tremenda perca de tempo, na minha opinião.
— Minha resposta ainda é não — deslizo a xícara cheia em sua direção, vendo-o dar um grande gole no líquido escuro e franzir as sobrancelhas em seguida.
— Que horror — ele estala a língua, empurrando a peça de porcelana para longe. — Tá querendo me matar, Hughes?
— Se isso for fazer você calar a boca — balanço os ombros, sorrindo de lado.
O loiro bufa mais uma vez, revirando os olhos teatralmente.
— É uma tradição — ele pontua. — Quase um ritual anual.
Então, suas orbes claras se arregalam levemente à medida que meu corpo reseta, o braço que levava a xícara até a minha boca parando com abruptidão.
— Caleb — seu tom de voz se torna cuidadoso e, sem que ele precise dizer uma palavra sequer, eu já consigo vislumbrar uma conversa inteira sobre superação e enfrentar meus medos.
Voltar a viver, é como Bryan costuma definir.
— Não comece, por favor — imploro, esfregando o rosto de maneira frustada.
— Eu sei como é perder alguém — ele fala, ignorando meus protestos completamente. — Sei como é difícil e doloroso...
— Não é a mesma coisa — o corto.
Ele concorda silenciosamente.
— Não se compara dores — ele diz. — Sei disso. O que eu quero dizer é, você precisa sair dessa. É difícil mas...
— Vou embora, no máximo, uma hora da manhã — o interrompo pele segunda vez, dando lhe às costas e deixando a xícara já vazia sobre a pia. — Contente?