Dono de um sorriso torto que deixa qualquer uma de pernas bambas, um físico de tirar o fôlego e olhos penetrantes, Caleb Hughes é tido como o famoso garoto problema.
Por trás de todas as suas particularidades atraentes, no entanto, Caleb esconde to...
"Eu não quero que você vá Você vai segurar minha mão? Você não vai ficar comigo? Porque você é tudo que eu preciso" — Stay With Me, Sam Smith.
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— Quer uma carona? — A voz grave atravessa o barulho da chuva, alcançando meus tímpanos.
Quando o céu escureceu, sendo manchado por massas espessas e acinzentadas, para, logo depois, se desmanchar em gotas grossas de água, o clima repentinamente abafado de mais cedo fez todo o sentido. A chuva me pegou totalmente desprevenida, entretanto. Quando saí de casa para ir para a apresentação, eu não esperava que o céu fosse desabar sobre mim, e, quando isso aconteceu, eu não tive escolha ao continuar meu caminho embaixo do aguaceiro.
Pisco, tentando afastar as gotículas de água dos cílios. Caleb me encara de dentro de um carro esportivo preto, diminuindo a velocidade do veículo para acompanhar meus passos. A ideia de me livrar da chuva parece um tanto tentadora, entrar no carro do moreno, porém, não me agrada nem um pouco.
— Não, obrigada.
— Qual é, Morgan — ele fala. — Você está ensopada, pode pegar um resfriado.
O olho de esguelha, balançando os ombros em seguida.
— Acho que já é um pouco tarde para isso — aponto, sentindo a água escorrer pelas minhas pernas até alcançar minhas meias. — Eu não vou entrar no seu carro.
Ele ri, soltando um "pelo amor de Deus" abafado. Continuo andando.
— Tudo bem — ele exclama. — Obviamente, temos um problema. E sabe como pessoas maduras resolvem os seus problemas? — ele não aguarda uma resposta, continuando assim que percebe ter minha atenção: — Conversando. Agora, por favor, entre no carro.
Paro de andar, ponderando entre aceitar ou não, e, no momento em que decido continuar meu caminho, em um timing perfeito, um trovão irrompe o céu, sendo seguido por um clarão que ilumina toda a rua escura. Dou um pulo, correndo até alcançar o carro. Abro a porta com pressa, sentando-me no estofado de couro. Solto um suspiro trêmulo, me virando em sua direção com um sorriso nervoso preso nos lábios.
— Detesto tempestades — ele não me olha mais, voltando a acelerar o carro. Solto outro suspiro. — Obrigada.
— Shakespeare não descreveu Julieta como uma jovem apaixonada e gripada — ele sacode os ombros. — A Sra. Maxwell nos mataria se mudássemos o script.
Arqueio as sobrancelhas.
— Você fala como se tivesse medo dela.
Uma risada nasalada lhe escapa quando ele me olha pelo canto dos olhos.
— Impressão sua — diz, esticando uma das mãos até o banco de trás e pegando um moletom. — Toma. Você está tremendo.
Só quando ele me estende a peça é que eu noto os pequenos espasmos do meu corpo. Aceito de bom grado, soltando mais um agradecimento e colocando o moletom. Seu calor me abraça, assim como o perfume excepcional impregnado nas fibras de algodão. Suspiro pela terceira vez desde que entrei no carro.