Dono de um sorriso torto que deixa qualquer uma de pernas bambas, um físico de tirar o fôlego e olhos penetrantes, Caleb Hughes é tido como o famoso garoto problema.
Por trás de todas as suas particularidades atraentes, no entanto, Caleb esconde to...
"Ei, você aí Podemos ir para o próximo nível? Querida, você se atreveria? Não tenha medo" — Naked, James Arthur.
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[atualização dupla, certifique-se de que leu o capítulo anterior!]
Não sou uma pessoa de sorte. Longe disso. Desde pequeno, todas as coisas boas foram arrancadas de mim; meus pais, minha casa, tudo o que eu conhecia e amava.
Tudo fora cruelmente tirado de mim. De formas nada bonitas.
Menos Clare.
Tudo que se diz respeito a ela foi lindo. Sua chegada, sua constância e sua partida.
Me senti sortudo quando a conheci. Céus, eu me senti o menino mais afortunado do mundo. É claro que na época, com doze anos, o máximo que eu conseguia descrever dessa sensação era "Clare é legal". Porém, agora, com vinte anos, consigo enxergar o quanto aquela garotinha significou para mim.
Bryan costuma dizer que é daí que a minha quedinha – enorme – por ruivas vem, porque eu associo os sentimentos bons que Clare me proporcionou no passado às garotas que se parecem com ela, como se a cor de meros fios capilares fosse o gerador de todas as coisas boas que a menina me causou há um tempo atrás. De acordo com Bryan, O Sabe Tudo, é como os homens que se relacionam com mulheres parecidas com a mãe sem nem perceber, apenas procurando, subconscientemente, suprir a falta materna.
Ter um amigo que cursa psicologia é um saco, penso, revirando os olhos.
Toda conversa se torna uma análise. Não é à toa que eu já quebrei o nariz dele uma vez.
Meu celular vibra sobre a mesa, a tela se iluminando e revelando uma ligação do loiro.
Falando no diabo...
— O que é? — Atendo a chamada.
Ele ri do outro lado da linha.
— Onde você está? — Indaga.
— E isso é da sua conta? — Pergunto de volta.
Ele bufa, sua respiração se chocando contra o alto-falante e chegando aos meus ouvidos em forma de ruídos.
— Estou esperando você para comer.
— Está me esperando para comer ou me esperando para fazer a comida? — Sou irônico.
Um momento de silêncio se estende, e eu cogito a possibilidade de ele ter finalizado a chamada.
