Na manhã seguinte, Sophia tomou um banho, vestiu-se e comeu algo no café da manhã, ela estava um pouco nervosa com o novo trabalho, mas achava que se sairia bem, em seguida ela sai pegando um táxi até a casa de Vicente, a casa do homem era mais próximo do que ela imaginava, mas ir de táxi era bom porque assim já aprenderia o caminho. Quando chega lá toca a campainha e espera por alguns minutos na porta, até que Vicente surge terminando de secar as mãos no avental que vestia.
- Bom dia, pode entrar as crianças ainda estão lá em cima. - Sophia entra na casa do homem e percebe um ligeira falta de desordem, mas nada demais. - Eu espero aqui? – A primeira impressão que Sophia tinha, era de que Vicente realmente era um homem dedicado aos filhos e que precisava de ajuda, os olhos azuis do homem foram logo percebidos pela mulher que desvia o olhar tentando redirecionar o foco ao que realmente interessava.
- Sim, eu vou chamá-los! -Diz Vicente indo até a ponta da escada e chamando os filhos. - Galera corre aqui! - Dizia o homem, ele claramente era um pai descolado, muito amigos dos filhos.
Os três logo descem as escadas correndo, primeiro os mais novos seguidos pela mais velha, os três se ficam em frente a Sophia que os encara simpaticamente, enquanto as crianças a olhavam com muita seriedade.
- Crianças essa é... - Sophia, me chamo Sophia!
- Qual é Vicente, você trouxe essa mulher para casa e nem sabe o nome dela?
- Pérola, em primeiro lugar eu sou seu pai e em segundo eu sabia o nome dela eu só esqueci. - Diz Vicente mentindo para própria filha. - Mas enfim... Sophia, esses são, Pérola, 16, Augusto (Guto) e Guilherme (Gui), 8.
- Oi! - Disse Pérola sem emoção alguma.
- Oi e vocês, quem é quem?
- Eu sou Guto!
- E eu sou Gui!
Vicente olha para os dois com reprovação e explica a Sophia. - É ao contrário Sophia!
- Entendi! – Ela acha graça.
- Vem vou te mostrando a casa e te explicando. - Disse Vicente que mostrava o lugar para Sophia, ele explica a ela que trabalhava dando aulas de história na universidade, era pai das crianças e sua esposa Cristina, havia falecido a cinco anos.
Assim que Cristina morreu em um acidente de carro, Vicente e Pérola começaram a tomar conta dos gêmeos que na época ainda eram muito pequenos, ele assim que perdeu a mulher teve que se tornar mãe e pai para aquelas crianças.
- Agora eu já vou indo, você fica aí, dá uma ajuda para galera e as 13:30 põe eles no ônibus da escola. Tchau! - Vicente saindo apressadamente, ele dá um beijo nos filhos e sai correndo, como de costume ele já estava atrasado.
Quando Sophia fecha a porta ao ver o homem partir ela virasse na direção das crianças que a olhavam com caras de bravos e braços cruzados.
- Então, vocês já tomaram café da manhã?
As crianças apenas a olham e sobem as escadas sem dizer nada, Sophia vai atrás delas, mas quando vai finalmente alcançá-las tem a porta fechada em sua cara. Guto se deitou no chão, Gui se atirou sobre o sofá e Pérola sentou-se em uma cadeira.
- A gente tem que pensar em como vai correr essa tal de Sophia. - Disse Gui.
- A gente ainda tem tinta verde e penas, que sobraram das duas últimas. - Disse Guto.
- Calma gente, nós temos que ser mais espertos que o papai, ele já falou sobre a tinta verde.
- Verdade.
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Nunca Me Deixe Partir
RomanceSophia é a esposa de Ítalo um grande crápula sem coração, desesperada e com medo do marido ela acaba fugindo com ajuda de uma grande amiga e assim chega até Estrela, uma pequena cidade do interior, onde encontrará amigos e uma família com que se imp...