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Foi tudo muito rápido, o carro entrando na esquina da escola sem dar sinal que faria isso e minha amiga à poucos centímetros de ser acertada em cheio. Minha primeira e única reação foi puxa-la para mim, porém como toda ação tem sua reação, acabei caindo com tudo no chão molhado. Nesse meio tempo antes de puxa-la de fato, eu joguei longe a minha mochila que estava pendurada no meu ombro apenas com uma alça. Graças à Deus não tem nada que quebre lá dentro.

O carro parou assim que percebeu o que iria acontecer e alguns alunos que chegavam, paravam para ver o rebuliço que acontecia poucos metros da porta da escola.

— _______?! Isa pôs mão no peito e respirou fundo antes de me ajudar a levantar. — Puta que Pariu quase que tenho um ataque.

A dor levemente aguda na minha parte de trás tinha começado a se fazer presente sem contar a dor no tornozelo já que eu tinha dado um mau jeito na hora de puxar Isa, porém meu ego heroico era mais forte.

— Você está bem? Eu tentei tirar, sem sucesso, a lama que tinha no meu casaco já que ele estava amarrado na minha cintura e sofrido a maior parte queda. — Merda. Resmunguei baixinho.

— Eu tô. Obrigada, sério, tu salvou minha vida.

Eu sorri afastando a dor da bunda, do tornozelo e do coração da mente.

— Vocês estão bem meninas? O dono do carro enfim dava as caras e digamos até que fiquei surpresa em saber quem era.

— Apenas dois corações acelerados e um casaco branco perdido, não se preocupe não matou ninguém Sr. Jeon.

— Eu realmente sinto muito por isso. Ele olhou para Isa. — Você tem que aprender a olhar para os lados quando atravessar sabia? Eu não conseguiria parar a tempo.

— Eu sei, mas o senhor deveria prestar atenção na hora de fazer a curva também.

— Ok os dois estão errados. Eu peguei a mochila do chão dando para Isa e desamarrando o casaco logo em seguida. — Não está tão arruinado.

— _______ pode me emprestar? Ele se referia ao tecido branco em minhas mãos, sem muita enrolação o entreguei. — Posso dar um jeito nisso, por enquanto fica com o meu. Ele tirou um dos moletons que usava e me entregou.

Fiquei com uma interrogação em cima de mim. Por que ele me daria um moletom para me cobrir?

— Não precisa Sr. Jeon.

— Ou você aceita, ou morre de frio, pode escolher. Apesar de ter mostrado que fiquei relutante a aceitar aquela simples peça eu não vou mentir que usar aquilo era bom demais, primeiro, porque era do Jungkook (ok, eu era muito iludida) segundo eu amava usar roupas masculinas principalmente aquelas ficavam grandes.

Meus braços agradeceram quando aquele tecido quente tocou minha pele. O acompanhei com o olhar ele colocar meu casaco no banco de trás de seu carro e caminhar até mim.

— Eu te ajudo. Contrai minhas sobrancelhas no ar de puro questionamento. — Você está com o pé levantado e fez uma cara de dor quando o colocou no chão.

Automaticamente olhei para meu pé que realmente estava sem tocar o chão e para me equilibrar tinha usado Isa como apoio sem perceber. Na real ninguém estava prestando muito atenção ao redor porque quando fui perceber o que era 6/7 alunos acabou virando uma turma completa com direito a professor.

— O senhor é bem observador pelo visto.

— Só quando eu quero. Ele segurou na minha cintura e eu envolvi meu braço pelo seu ombro. Acho que isso seria um prato cheio para aquelas garotas loucas ou apaixonadas que possivelmente pensariam em formas bizarras de maliciar ou romantizar essa simples interação.

Consequências de um Desafio | JK+18Onde histórias criam vida. Descubra agora