Capítulo 7

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Sem saída

“ Quando você nasce diferente de todas as pessoas, o mundo parece não ser o seu mundo, você não parece pertencer a ele. Se você já foi chamado de monstro, você conhece bem esse sentimento. Mas existe algo que define se realmente somos ou podemos ser um monstro. Uma coisa é você ser apenas você mesmo e ser chamado de monstro sem nem mesmo saber o motivo; mas outra coisa é você agir como um monstro. Quando você é acusado de ser algo que você sabe que você não é, não há nada de errado com você, mas há algo de errado com o mundo que diz que você é assim. Mas quando você age como o monstro que o mundo acha que você realmente é, então sim, há alguma coisa de errado com você por querer agir realmente como todos  te vêem. Um monstro não se define apenas por imagem, ele se define por ações. Eu me lembro de como esse sentimento me abalou profundamente, eu tinha 5 anos de idade, minha irmã Grace Tyler tinha apenas 3 anos. Eu não sabia o porque, mas naquela noite eu vi minha mãe discutir com o meu pai.”

( lembranças)
— Você acha que eu planejei isso? Eu não planejei isso, eu não vou criar um monstro!!
— Do que você está falando? Pra onde você vai Margô? Você não pode ir embora assim!! Pense nos seus filhos!
— Esse monstro não é o meu filho!!

“ Nessa noite eu estava no meu quarto, meus pais achavam que eu estava dormindo, mas eu ouvi tudo, foi a primeira vez que eu fui chamado de monstro, pela minha própria mãe. Aos dez anos eu perguntei ao meu pai porque minha mãe tinha ido embora, eu esperava uma única resposta, mas ele olhava pra min por 5 segundos antes de responder e dizia sempre  - Eu não entendo de monstros meu filho, mas a sua mãe cometeu um erro. Com certeza ele se perguntava o que havia de monstruoso em min pra ela ter nos abandonado. Mas a única pessoa que sempre ficou ao meu lado foi a minha irmã. Grace cuidou mais tempo de min do que dela mesmo. Aos 12 anos eu sentia dores de cabeça bem fortes, tinha alguns pesadelos que eram tão reais com pessoas próximas de min, eu não sabia o que era. Aos 14 anos uma coisa aconteceu comigo, eu estava com minha amiga Nora Reid brincando, quando eu comecei a me sentir estranho, fiquei zonzo e cai, quando eu acordei estava no hospital. Mas tinha alguma coisa muito errada comigo, eu estava vendo alucinações como se fossem todas as alucinações do mundo inteiro. Meus olhos ardiam, minha cabeça explodia. Quando eu olhava no espelho eu me assustava. Eu estava totalmente pálido como se minha pele refletisse a cor da lua. Meus olhos que antes eram castanhos estavam azuis. Isso acontecia quando eu tinha várias alucinações. Mas quando eu me desesperava e pensava para alguém aparecer rápido meus olhos ficavam brancos; mas voltavam ao normal quando aparecia alguém no quarto. Mas uma certa hora eu me acostumei a tudo que meu corpo estava passando e voltei ao normal. Os médicos disseram que o que eu passei era uma doença cronologicamente rara e que eu estava curado, não haviam indícios sobre ela no meu corpo. Mas disseram que meu cérebro tinha uma irregularidade e que se necessário eu deveria voltar para o hospital. Depois disso, minha irmã não se separou de min, ela  ficou colada em min diretamente até meus 16 anos. Mas infelizmente, ela desapareceu.”

(Lembranças)
— Rich! Rich! Rich! Onde você se escondeu? Eu vou te achar! – Falava ela enquanto procurava — achei!!
— Ah!! Você me encontrou!

“ Estávamos sempre juntos cuidando um do outro, porque isso é o que as famílias fazem.”

A situação tinha mudado, uma equipe da S.w.a.t. tinha acabado de chegar ao local, um esquadrão anti-bombas já estava lá pois foram avisados da situação. O banco estava cercado de polícias e algumas pessoas se aproximavam na rua para ver o que está acontecendo. A polícia tentava conter o pânico restrigindo a passagem das pessoas. O detetive Wesker já estava ciente da situação, porém sua única preocupação era avisar a Reginaldo sobre o que poderia acontecer. Lá estava o capitão da polícia dando as ordens quando o detetive chegou se dirigindo a ele.
— Isolem totalmente o perímetro!! Não deixem ninguém passar, vamos tentar negociar com os assaltantes.
— Capitão Flanckin! Senhor!
— Detetive Wesker, tem alguma idéia do que fazer agora? Lá dentro temos uma bomba e um homem armado. Como você acha que podemos sair dessa situação?
— Me deixe falar com ele. Eu posso convence-lo ou tentar uma negociação.
Enquanto o detetive estava convencendo o capitão a entrar no banco. A tenente Lester estava na sala de interrogatório com Rich e então Rich começa a falar.
— Puxa, já faz um tempo desde que eu não fico sozinho com uma garota.
— E você vai ficar sozinho por um longo tempo.
— É mesmo? Hum, legal. Não sabia que oficiais faziam piadas.
— Por acaso você está pensando em fugir?
— Fugir? Hahahaha não seja boba, por que eu iria querer sair agora que as coisas estão ficando interessantes?
— O quê o Scott disse, e verdade mesmo não é?
— sobre?
— sobre Baruni ter tirado algo de você é você querer isso de volta.
— Foi o palpite mais certo que já disseram dentro dessa sala.
— O quê ele tirou de você pra você ter que causar toda essa situação?
— Você já deveria saber tenente, mas se a incompetência e tão grande sugiro você refazer seu trabalho novamente.
— Por que você fica criticando a polícia? O que você tem feito de melhor que supera todos nós?
— Essa é a pergunta mais estúpida que eu já ouvi. Mas sabe, acho que não quero mais falar com você.
— Certo, vou chamar o Scott.
— Eu também não quero falar com ele. Talvez eu possa falar com uma pessoa que está fora dessa prisão.
— Você não tem permissão pra falar com ninguém fora dessa prisão.
— Certo, certo, acho que vocês precisam mesmo cumprir todas essas ordens, pra se sentirem seguros, por que mais gastariam tanto dinheiro construindo um lugar como esse, Mas eu te pergunto tenente, o que é que vale mais, um telefonema ou a vida de 30 pessoas?

  Na porta do banco, detetive Wesker está entrando desarmado. Sendo conduzido por um dos assaltantes russos até Reginaldo Baruni. Ao chegar no lugar onde Baruni está, o detetive Wesker logo percebe que há muitos refens, enquanto se aproxima ele conta todas as pessoas que estão de reféns. Contando todas as pessoas haviam 30 reféns ao todo.

— E quem é você? Veio negociar comigo?
— Não, sim, talvez... tem uma coisa que você precisa saber.
— Humm. Deixa eu ver, se eu não me entregar, vocês vão entrar aqui e me prender e isso? Ah que medinho.
— Não, Baruni.
— Como você sabe o meu nome? Alguém me delatou?
— Agente sabe quem é você Baruni, mas você precisa me escutar.
— Escutar, não, não meu chapa, você tem que me escutar, você vai fazer o que eu mandar se não eu vou matar cada uma dessas pessoas. Eu vou sair daqui de um jeito ou de outro. Então Não adianta você dizer que eu estou cercado, por que na verdade são todos vocês que estão na minha mão agora.
— Não é bem assim...
No momento em que o detetive Wesker diz isso, o telefone do bolso dele toca, Reginaldo se assusta e mira uma arma pra ele. Mas Wesker começa a falar pra ele se acalma pois era apenas seu celular. Reginaldo então ordena para Wesker atender e colocar no Viva-voz, Wesker atende o telefone e se assusta quando ouvi a voz que está se comunicando com ele.

— Alô detetive!
— O quê? Como você está ligando pra min?
— Estou ligando da prisão, sabe eu tenho direito a um telefonema.
— O quê você está armando agora?
— Eu gostaria muito de falar com o senhor Baruni.
Baruni então toma o celular da mão de Wesker e começa a falar:
— Aqui é o Baruni, com quem estou falando?
— Olá Sr. Baruni! Não acredito que você não reconheceu a minha voz, sabe achei que ia me reconhecer depois de min ter explodido a cabeça daquela mulher.
— É você seu desgraçado? Saiba que quando eu resolver os problemas que você me trouxe eu vou te achar aí dentro dessa prisão e eu juro que eu vou te matar seu merdinha...
— Puxa, eu pisei no seu calo não é? Você tá bravinho por que eu detonei a sua quadrilha, mas eu não me importo pro que você está sentindo.
— O quê é que você quer seu filho da puta? Fala logo seu merda.
—  Eu quero três coisas. Primeiro de tudo, você vai corrigir esse seu linguajar, segundo você vai me responder algumas perguntas e terceiro vai fazer exatamente tudo o que eu mandar porque se não eu vou matar todas as pessoas que estão aí .
— O quê? Tá de brincadeira comigo, pelo que eu sei você está dentro da prisão, como diabos você vai matar todo mundo aqui?
— Pelo visto, o detetive Wesker ainda não te contou, não é? Duas das suas vítimas possuem duas bombas interligadas remotamente. Qualquer coisa que você fizer, seja fugir, desativar uma das bombas ou as duas, matar uma das vítimas ou tentar se afastar pra qualquer lugar longe das bombas. Seja qualquer movendo brusco que você der. Todos vocês morrem.
Reginaldo não acredita no que ouvi, e verifica todas as vítimas, e duas delas estão de mochilas e nas mochilas tem duas bombas cronometradas em 30 minutos.
— Tudo bem, eu acredito em você.
— É bom mesmo, você teve o privilégio de assistir o seu pessoal explodir em pedacinhos, mas agora você está na area vip. Não importa o que acontecer você está.... Sem saída.

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