capitulo 10

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              Uma causa maior

  No dia seguinte, a população estava inquieta com o acontecido da noite anterior. Rich Tyler havia revelado poucas informações  para o detetive que por sorte sobrevivel como todos os outros reféns. A cidade de Los Angeles estava com medo e assustado, a mídia também havia revelado informações passadas pelo próprio Rich Tyler que afirmou ter guardado algumas provas sobre a quadrilha em um lugar onde estava seguro da polícia. A cidade estava totalmente agitada, muitas pessoas tinham medo de Rich Tyler após presenciarem os sintomas de sua doença, a maioria acreditava que ele era um rapaz com problemas mentais e psicolólogicos, alguns achavam que ele era apenas um criminoso psicótico. Mas a metade da cidade sabia bem, conheciam o motivo por trás dos seus atos odiondos. Começaram a apoiar a suas ideias, alguns até mesmo fizeram um baixo assinado para pedir sua liberdade, o governo começou a considerar esses apoiadores como uma ameaça pública, muitos até mesmo começaram a fazer revoltas em nome de Rich Tyler. Reginaldo Baruni estava preso, a polícia fez questão de fazer a prisão em total sigilo sem que Rich soubesse de qualquer coisa. Foram precisos quinze dias pois Baruni estava internado em uma instalação hospitalar, construída para casos especiais e questões morais de vida ou morte de um paciente que poderia se tornar um indivíduo necessário para qualquer investigação. Em quinze dias após a liberação de informações de Rich, a cidade começou a se hostilizar contra o seu atual regimento público do governo. Mas isso tudo mudaria após um interrogatório sobre os sócios de Reginaldo Baruni. Para o azar do detetive Wesker, o FBI estava quase se encarregando do caso, porém a promotoria da cidade de Los Angeles acabou concedendo jurisdição maior a Dave Wesker, o FBI acabou discordando, permitiram Dave Wesker ao caso com a cooperação de dois agentes. Agente Bennet Dixon e agente Cleverdy Becker, designados especialmente para o caso. Reginaldo Baruni estava sendo levado a um outra sala de interrogatório bem diferente da sala onde Rich e interrogado. Reginaldo Baruni estava meio diferente do costume, atordoado, paranóico e assustado, mas não tão instável. Os agentes do FBI decidiram observar fora da sala, onde havia uma sala escondida com um espelho falso. Dave Wesker entrou junto com a tenente Lester.

— Reginaldo Baruni, condenado a pena de vinte anos na penitenciária de Los Angeles por formação de quadrilha, contrabando e tráfico de drogas, trafico humano, assassinato, homicídio doloso, homicídio qualificado e etc. Sua ficha e muito grande, mas vamos ao que interessa. – Dave Wesker entrelaça seus dedos olhando para Baruni, ele fixa os olhos em Baruni e diz — Reginaldo, sua pena pode reduzir em 5 anos por bom comportamento, também pode reduzir mais 3 anos se você ajudar a polícia de Los Angeles a prender o resto dos seus sócios. Você gostaria de fazer algum comentário sobre esse acordo?

Reginaldo olha de um lado para o outro e começa a ficar nervoso, Dave Wesker continua a fixar os olhos nele. Mas Baruni começa a estremecer o corpo.

— Vocês acham que eu vou falar alguma coisa? Vocês estão loucos, se for para dizer qualquer coisa sobre isso, me levem de volta a prisão, eu prefiro ficar encarcerado por vinte anos do que ser solto mais cedo e ser morto.

— Ser morto? Do que você está falando? Alguém quer te matar?

— É claro, eu sou apenas uma ponta solta. As pessoas que trabalham comigo não deixam pontas soltas, eu sou apenas um homem morto, a quinze dias atrás eu já deveria estar morto.

— O quê você quer dizer com isso?

— Rich Tyler com certeza iria me matar, o que ele fez comigo, aquilo não era normal. Mas ele não conseguiu, ele não conseguiu por que eu não iria deixar ele me matar daquele jeito.

— O quê você fez?

— Sabe, acho que não há mais nenhum problema se eu te contar qualquer coisa, eu já sou um homem morto mesmo.

— Por que fica dizendo que é um homem morto?

— Sabe, eu e meus sócios somos uma organização que trabalham no mercado negro, o líder que comanda toda a operação fez um pacto com todos nós, selado a sangue e nossas vidas.

— Um pacto? Que tipo de pacto?

— A única coisa importante da nossa organização é a invisibilidade, discrição total, qualquer coisa relacionada a qualquer membro seja ele um peão ou um chefe de quadrilha deve ser mantida as sombras.

— O quê acontece quando uma informação vem a público?

— Morte! Morte a quem descobriu a informação, sobre quem a informação se refere e qualquer um que saiba essa informação.

— Isso quer dizer que você se tornou um alvo dos seus sócios?

— Sim, quando eu sair daqui provavelmente vou ser morto a mando de qualquer um. O simples fato de min ter dito que eu possuo sócios nesse ramo é um motivo para ele me matarem.

— Falando nesses sócios, quem eles são?

— Não posso simplesmente falar, se uma simples identidade de um dos membros for revelada, a morte que ele vão me dar poderá ser dolorosa, desconfortável e lenta.

— Você parece ter mais medo da sua organização do que do garoto que quase te matou a quinze dias atrás.

— Rich Tyler e só um merdinha bancando o perigoso, perto do nosso líder ele não passa de uma criancinha problemática.

— Seu líder, eu lembro que você ia dizer o nome dele antes daquilo acontecer com você.

— Por sorte, eu tinha um frasco envenenado no meu bolso para caso as coisas ficassem ruins e não tivesse saída, minha sorte é que o veneno fez efeito naquele momento, eu teria me matado de uma forma limpa e nem Rich Tyler ou a organização poderiam me matar daquele jeito terrível.

— Por isso você ficou em coma  por nove dias, os médicos disseram que você tinha indícios de um veneno alterado, formados por componentes que incluíam Ricina, Saxocina e estrecina. Porém os efeitos apenas danificaram sua capacidade motora, porém suas funções cognitivas ficaram em um sistema de hibernação o que levaria umas três horas para fazer efeito até sua morte. Porém os médicos conseguiram fazer um antídoto evitando a sua morte.

— Deviam ter me deixado morrer.

— Porém não morreu, agora diga o nome do seu líder.

— Não, não, não...

—Baruni, se você disser qualquer coisa podemos te proteger, eles não vão querer se mostrar em público, isso permite que você fique seguro aqui.

— Isso até que faz sentido. Não podem me matar enquanto estou aqui. E se vocês conseguirem prende-los ainda continuo em segurança? – Perguntou Baruni olhando de um lado para o outro.

— Sim, você terá toda a segurança que precisar – disse Wesker olhando fixamente para Baruni— Agora me diga, quem são seus sócios e o seu líder.

  Baruni pedi uma folha para escrever os nomes, ele anota todos com as mãos tremendo. Quando para de anotar ele olha para o Wesker, ele percebe estar sendo observado e começa a ficar apavorado então com tanto pavor ele deixa a caneta cair no chão. Wesker pedi a folha, Baruni tremendo fica com medo de entregar, mas Wesker dá um sorriso e diz:

— Não se preocupe, você vai estar seguro...

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