Capítulo 12

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Vicentt

Acordo com o barulho irritante do despertador. Juro que ainda o jogo fora, barulho chato. Entro no banheiro faço minhas higiene, tomo um banho, e me arrumo para o trabalho.

Chego na cozinha vejo Dalva, uma senhora que contratei para cuidar da casa para mim. Minha antiga governanta foi embora, gostava tanto dela. A tratava como uma avó, com Dalva não está sendo diferente, ela é um amor, me ajuda, dá conselhos e me repreende às vezes, quem ama ela é Íris, pois a duas juntas é problema para mim.

Ela não sai da cozinha como sempre, se quiser a encontrar é só vim para cá, sorrio ao chegar quietinho, por detrás, dou um beijo em seu pescoço, ela pula para o lado.

– Menino Vicentt, você está louco?

– Vai Dalva, sei que gosta dos meus beijos. – Digo rindo da cara dela, me sento a beira da mesa. – O que temos para o café da manhã?

– Não sei se você merece um café da manhã digno. – Ela fica emburrada.

– Meu amor, eu mereço sim, sou o melhor patrão da vida.

– E safado, fica agarrando as empregadas.

– Você não é minha empregada. É da família. – Digo a ela que me sorri, e vem me abraçar. – Viu até me ama.

– Obrigada, você sabe o quanto é importante para mim. – Ela diz limpando as lágrimas.

Dalva não tem família, ou melhor ela tinha, mas eles a deixaram, como se ela não fosse nada. Ela cuidou dos filhos, criou eles sozinha, eles ainda não deram valor, a deixaram, depois que estavam criados fica fácil não precisar mais dela.

– A senhora é muito importante para mim, é como uma avó para mim.

– Está me chamando de velha Vicentt? – Ela pergunta com as mãos na cintura.

– Jamais, Sessenta anos, é na flor da idade. – Digo rindo dela que se senta na minha frente para comer.

– Fica aí me chamando de velha, eu vou é ir morar com a Íris, pelo menos ela não vai ficar me tratando como velha.

– Ah vai se bandiar pro lado dela?

– Não sei, talvez, ela ainda disse que vai arrumar um namorado para mim, sabe esses Coroa ricão? – Ela diz na maior tranquilidade. Como assim? Eu vou ter que falar com Íris, isso não pode acontecer.

– Que namorado nada, vai é ficar aqui quietinha, cuidando de mim, da Íris e dos nossos futuros filhos.

– Como vão ter mais filhos? – Ela pergunta, sorrio.

– Quer que eu te fale?

– Ahh que menino pervertido, eu quero saber como vai ter filhos com ela sendo que vocês não tem nada.

– Como nada? A gente tem algo sim, temos até um filho.

– Um filho fruto de uma noite, apenas uma noite, ela não quer alguém por uma noite, ela quer alguém para todas as noites, para a vida toda, entende a diferença?

– E eu serei essa pessoa.

– Sério Vicentt? Você tem vezes que é tão lerdo.

– O que quer dizer Dalva?

– Que você precisa tomar as rédeas, precisa mostrar a ela que a ama de verdade, que quer construir uma família, você ficar dizendo que a ama, não quer dizer nada,  qualquer um pode chegar nela e dizer o mesmo, o que ela quer é provas.

– Eu sou um idiota mesmo né?

– A maior parte do tempo.

– Puxa, sinceridade é tudo. – Digo tomando meu café. Olho e vejo que está na hora de ir. – Deve ser por isso que ela não quis falar comigo ontem.

Série Amores Latinos - Ya Te PerdonéOnde histórias criam vida. Descubra agora