VicenttSaio do quarto sem olhar para Íris. Vergonha, eu estou com vergonha do que me tornei durante essa semana. Como pude fazer isso? Magoei minha mãe, feri Íris, dei trabalho para Dalva. E ainda assim elas estão aqui, cuidando de mim.
Me vem a mente o flash de Íris indo me buscar, dela me dando banho. Cuidando de mim. A imagem dela chorando enquanto eu estava deitado na cama, sem forças para me mecher, por conta da bebida.
Não vou colocar uma gota de álcool na minha boca, nunca mais. Não quero ne tornar um dependente. Não, isso nunca. Eu irei lutar. Mas no momento quero ficar só.
Deito na cama. Fecho os olhos, com a intenção de dormir. Quando estou pegando no sono, sinto uma mão nos meus cabelos. Abro os olhos e vejo Íris me olhando.
– Você está bem?
– Sim, só quero dormir. – Digo me virando.
– Vicentt, eu jamais iria proibir você de ver nosso filho. – Ela diz e me viro. Sei que ela está falando a verdade.
– Então por que o porteiro disse que eu estava proibido de subir?
– Eu disse que você estava proibido de subir, mas para que ele ligasse avisando que estava lá em baixo, que Agatha iria descer com nosso filho para você ver e passear com ele. – Ela diz passando as mãos no meu cabelo. Um carinho tão bom. Fecho os olhos, sentindo seu toque.
– Eu acredito em você. – Digo a ela.
– Por que resolveu beber?
– Amenizava a dor. Eu esquecia que te fiz sofrer, que não me quer mais. Por isso.
– Eu sofri, e sofro ainda.
– Eu sou o único culpado. Menti.
– Não, nós dois somos. – Ela diz me puxando. – Você por não ter confiado em mim, eu não iria brigar com você, eu só queria te ouvir e ver ela.
– Eu fiquei com medo. – Digo me sentando na cama, ficando de frente para ela.
– Eu fui culpada, por não ter te ouvido, não ter te dado um oportunidade para contar a sua versão. E fomos mais idiotas, por ter feito o que aquela vadia queria.
– Fiorella? – Pergunto ela afirma. – Quando namorava Marina, ela tentou dar em cima de mim, ficava se jogando, até tentou me beijar, contei a Marina, as duas nunca se deram bem, então as duas começaram a trocar farpas. Ela foi embora, Fiorella, queria uma vida melhor, não aceitava a vida que os pais podiam dar a ela. Ela e Marina sempre foram muito diferentes, ela é mesquinha, sem caráter, tudo de ruim. E não foi por falta de amor, pois os pais delas sempre tratavam as duas iguais.
– Marina era o oposto! – Ela diz e afirmo.
– Ela era meiga, sabia quando tinha condições ou não. Aceitava o que os pais podiam dar. Corria atrás dos seus sonhos, sem passar por cima de ninguém. Sempre ajudou o próximo, ela tinha caráter. – Digo e coloco a mão na cabeça, está doendo de mais.
– Está com dor?
– Sim, minha cabeça parece que vai explodir. – Digo a ela que se levanta. Sai do quarto, mas logo volta com um copo d'água e um comprimido.
– Toma, vai te fazer bem. – Ela diz e tomo. Ela ajeita os travesseiros. E passa as mãos no meu rosto. Quero ela aqui, deitada em meu peito como ela estava antes. Mas vai que ela não quer. – Dorme, você precisa descansar.
– Acha que é perigoso eu ficar sozinho aqui, com essa dor? – Fecho os olhos ao ouvir seu riso.
– Poxa, você é formado em direito e não sabe nem argumentar em uma hora dessas. – Ela ri, logo sinto seu corpo perto do meu. Ela me abraça, passando as pernas pela minha. – É melhor dormirmos agarradinhos, assim evitamos vários problemas, e é menos perigoso. Eu te amo.
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Série Amores Latinos - Ya Te Perdoné
RomanceÍris Ribeiro é uma jovem brasileira apaixonada por fotografia, quando ela vê a chance de mudar de vida e estudar o que ela tanto almeja, ela simplesmente agarra com as duas mãos e toda força que há em si. Com a sorte do destino ela acaba conhecendo...