Aconteceu o que eu mais temia, algo que só achei que acontecia nos meus pesadelos: JunMyeon tinha nos feitos de reféns. Ele colocou todos nós na sala, sentados no sofá, e não parava de apontar seu revólver prata para nossas cabeças.
— JunMyeon — Chanjun tentava argumentar com ele. Chanyeol me abraçava apertado e tremia junto comigo. — O que pensa que está fazendo? Só está complicando ainda mais as coisas para você.
JunMyeon estava nervoso, andava para lá e para cá, mordia os lábios, bagunçava os cabelos. Muito diferente daquele garoto perfeito e centrado que eu achava conhecer.
— Não, nada disso — disse ele ofegando. Acho que não estava puro. — Vocês vão me ajudar a escapar dessa.
— Nós podemos ajudar! — Chanyeol falou. — Mas você vai ter que abaixar essa arma.
JunMyeon riu, sem humor.
— Acha que eu sou imbecil como você? — Ele então apontou a arma para mim, me encolhi de medo e Chanyeol me apertou ainda mais, pondo seu corpo à frente do meu. — Você arriscou nossas carreiras por esse verme. Tão egoísta. Não pensou que o Exordium não é só você. E quanto a mim e aos outros? Nós batalhamos para estar lá! Mas você não sabe o que é isso porque o seu irmão te deu tudo de mão beijada!
— P-por favor, Jun — Kyungsoo se levantou com as mãos à mostra. — Se acalme. Não faça nada de imprudente.
JunMyeon forçou uma gargalhada sarcástica.
— Ah, Kyung... eu nunca te machucaria. Eu amo você. — Seus olhos possuíam um brilho de insanidade. — Você me magoou quando me trocou por um... pescador. Mas eu vou consertar isso, e quando eu terminar, podemos voltar a ser o que éramos.
Kyungsoo voltou a se sentar e olhou diretamente para mim. Ao seu lado estava Jongin, por mais que aparentasse estar calmo, eu notei suas mãos tremendo.
— E como você pretende consertar as coisas? — Chanjun indagou. Ele era, de longe, o mais calmo ali naquela sala.
— Vocês vão ver. Só temos que esperar mais um pouco. Está quase na hora.
— Na hora do quê?
— Espere e verá.
Ele só nos apavorou mais. JunMyeon estava completamente fora de si.
Não pudemos mais argumentar e tentar convencê-lo, JunMyeon nos deu a ordem de ficarmos calados e esperando sabe-se lá o que. Eu comecei a passar mal de nervoso, me senti tonto e enjoado. Não adiantou Chanyeol implorar a JunMyeon para que o deixasse cuidar de mim, tive que aguentar firme.
Depois de duas horas e meia naquela agonia sem fim, eu entendi o que JunMyeon tanto esperava. Ele entrou pela porta com sua chave balançando, não esboçou surpresa alguma ao ver JunMyeon nos apontando uma arma.
Sehun.
Ele parou no meio da sala com uma mão na cintura e revirou os olhos.
— Precisava desse teatro todo? — perguntou Sehun a JunMyeon.
— O que você queria que eu fizesse? — Abaixou a arma e andou até ele. — Chamariam a polícia se eu não estivesse armado.
Ninguém entendia que merda estava acontecendo.
— Sehun — meu Chanyeol disse. — O que está fazendo? Você sabia que ele estava aqui?
A expressão do irmão mais novo endureceu-se como pedra, foi como se não houvesse mais uma alma dentro dele. Ele andou alguns passos até parar na nossa frente. Então deu um tapa tão forte no rosto de Chanyeol que seu pescoço virou. Eu pulei em cima de Sehun na mesma hora, com minhas mãos em seu pescoço, porém JunMyeon me apontou a arma e mandou eu ficar quieto.
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Directs para Chanyeol
FanfictionBaekhyun é um garoto humilde que vive no subúrbio de Ulsan. Trabalha com seus pais em um mercado de peixe todos os dias. Sua vida não é considerada ruim, mas também não é feliz. Em meio a todas as dificuldades do dia a dia, ele encontra um refúgio:...