Capítulo 7 • dose de diversão

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Ambar Smith

Depois que as primeiras lágrimas caíram, não chorei mais. Só deitei na cama e fiquei la, quietinha sem ao menos me mexer, não foi difícil eu cair no sono.

Com isso, acordei antes de amanhecer. Olhei no celular e era um pouco mais de cinco da manhã. Tentei volta a dormir, mas sem sucesso.

Levantei, fui até a cozinha de roupão mesmo. Tomei um copo de leite, estava sem fome. Então voltei para o quarto, peguei uma calca legging que ia até a metade da panturrilha, calcei meus tênis e coloquei um top e um moletom.

Achava um saco levar garrafinha, então peguei uma nota de dinheiro e coloquei entre meus seios caso sentisse sede, entraria em algum mercadinho e compraria uma garrafinha de água.

Não foi preciso. Pois nem consegui correr. Dei quatro voltas em uma praça aqui perto e sentia como tivesse corrido uma maratona. Retornei para o condomínio, Simon estava saindo com seu carro e com a ruiva dentro.

Achei um desaforo quando ele acenou para mim. Sem pensar duas vezes, levantei minha mão e mostrei o dedo do meio. Seu sorriso morreu, vai nessa idiota.

Fui até a caixinha de correio e fiquei eufórica quando vi que uma das empresas que eu havia enviado o meu currículo estava solicitando a minha presença. Foda! Eu ia conseguir esse emprego!

Quando entrei no meu apartamento, Emília começou a me mandar mensagens, mal pude ler, já que ela imediatamente me ligou. Atendi e quase fiquei surda.

— Amiga! Tem inauguração de uma boate muito famosa aqui em Buenos Aires. Vamos?

— Emília... Não to afim.

— Ai, Ambar, vamos, vai. O Simon vai ir já que quem é dono da boate é um dos amigos dele.

— Vai ter comida?

— Eu te pago um lanche quando formos embora. Pode ser?

— Tudo bem. Eu vou.

— Ah! Vai com aquele vestido tubinho que compramos!

— Eu vou do jeito que eu quiser, nem vem.

— Vai trouxa. Beijos, te amo.

— Te amo.

Joguei o celular no sofá e corri para o banheiro tomar um banho e ficar no sofá para olhar o final da minha série. Tinha pouco tempo para terminar o resto delas já que agora vou trabalhar em tempo integral.

●●●

Queira ter ido com o tubinho que Emília falou, mas minha barriga estava impossível e eu troquei na hora, estava horrível.

Fiquei em alerta quando pude ver de janela da cozinha, Simon passando perfume. Tentei me cobrir, pois estava apenas com um sutiã rosa, mas foi em vão, quando percebi, ele já estava me olhando.

Bufei e dei as costas voltando para o meu quarto, iria de jeans, uma camisa e uma jaqueta. Nada de saltos e sim apenas uma sapatilha. Perfeito, ninguém podia reclamar.

Resolvi pedir um táxi. Do jeito imprevisível que sou, provavelmente irei me embebedar e não vou poder dirigir, ir de táxi é bem mais seguro e iria me deixar livre de acidentes.

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