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O vitão tava muito animado hoje, mil vezes mais que o normal, parecia que ele estava ligado no 220v

Eu olhava toda confusa enquanto ele terminava de arrumar a mala dele, ele andava pra lá e pra cá e não parava um minuto se quer.

"Você tá me dando agonia" comentei

"O que? Por que?" Ele pergunta jogando umas blusas dentro da mala.

"Você tomou alguma coisa? São só 11:00"

"Eu não tomei nada, doida, eu hein" ele fecha a mochila e depois me encara

"Vamos?"

Levanto e sigo ele sem falar nada, em questão de minutos estamos dentro da van, a equipe toda já preparada pra sair e ir para outros estado, dessa vez vamos pro Rio de janeiro, o Victor ama lá mas eu odeio, não sei explicar o que, mas odeio.

Acabei caindo no sono dentro da van e acordei com a voz do Carlos me irritando

"Bora, aniversariante do dia" ele riu me cutucando

"Aí sai, cadê o Victor?" Pergunto meio perdida

"Ué, lá dentro, ele tentou te acordar e você bateu nele"

"Que?" Pergunto assustada, me levanto e saio da van

"Você acertou o olho dele" Ele solta uma gargalhada enquanto entramos no hotel, ele pode estar achando engraçado mas tenho certeza de que o Victor não achou isso nada engraçado.

Faço o check-in e subo pro meu quarto ainda exausta, dormir dentro de uma van não significa descansar, minhas costas estão me matando.

Ouço uma batida na minha porta e imediatamente vou até ela pra abrir, meu coração dispara só de pensar que pode ser ele e é mesmo.

"Nem é de madrugada" solto uma risada sem graça porque na verdade eu não sabia o que falar olhando ele, ele estava sem camiseta, e sua pele um pouco suada, é inevitável não derreter nesse calor do rio.

"Eu esqueci uma coisa"

"O qu-"

Quando dou por mim a boca dele está sob a minha e ele me empurra pra dentro do quarto fechando a porta e fazendo um estrondo ao bater ela forte, minha cabeça começa a girar, milhões de perguntas vem na minha mente mas não tenho força o suficiente pra me afastar dele e perguntar, retribuo o beijo entrelaçando minha mão no cabelo dele, sua boca desce até o meu pescoço e posso sentir sua respiração

"Você não sabe quanto tempo eu esperei pra ter coragem de fazer isso"

"É?" Pergunto ofegante, ele segura minha cintura e me empurra na cama, misericórdia Deus, eu vou ter um ataque do coração

eu olho ele, tentando memorizar cada detalhe desse momento que eu nem imaginei que um poderia acontecer, quer dizer...imaginei sim, quem eu tô tentando enganar?

"Vai me falar que você não?" Ele diz no meu ouvido e minha respiração muda, na verdade nem sei como estou respirando no momento.

"Não, quer dizer sim.. aí, não quero dizer que não porque é sim, droga" falo toda atrapalhada, Victor solta uma risada e volta a me beijar de novo, agarro a cintura dele com as minhas pernas trazendo ele o mais perto possível de mim.

Ele puxa minha saia até minhas pernas e eu começo a ficar um pouco nervosa com o que ele pode pensar do meu corpo mas quando suas mãos apertam minha coxa eu só consigo soltar um gemido baixo esquecendo de tudo.

"Agora você só precisa de uma coisa" ele diz, sua boca praticamente encostando na minha.

"O que?" Pergunto baixinho.

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